Capítulo 2 - O Plano Maligno

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O Lobisomem e a Fada
Capítulo 2: O Plano Maligno
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Realmente não era possível medir o desapontamento do pai de Nico quando este retornou para casa e não encontrou nenhum vestígio de festa. Nesse momento, o jovem lobisomem já se encontrava dormindo em sua cama, com a revista que estava lendo antes de dormir sobre o focinho. O mais velho entrou no quarto do filho, tirou a revista de cima do rosto do mesmo e olhou com desgosto para a publicação.

- Não tem mesmo nenhuma foto de fêmeas nisso aqui? - Murmurou ele, desapontado

...

Na manhã seguinte, Nico acordou animado. Aquele era o dia do aniversário do reino de Hiera.

Claro, não haveria nenhum tipo de comemoração ali no subterrâneo, mas haveria festas nos vilarejos próximos e ele gostava de assistir à distância, principalmente as queimas de fogos.

Não era permitido sair da caverna durante o dia, mas, sendo dia de folga na escola, não havia um lugar em que ele deveria estar, não tendo ninguém para dar por sua falta, ainda mais que pudesse suspeitar que ele havia saído.

O jovem lobisomem pegou então um sobretudo e um chapéu de palha. Não era uma combinação estilosa, mas, além de o proteger do sol, também impediria que alguém o descobrisse se olhasse de longe.

Nico se esgueirou para fora de sua casa e por todo o caminho até a saída da caverna. Ele já podia ouvir a música das celebrações ao longe, quando seu nariz foi atraído por uma doce fragrância. O lobisomem seguiu esse rastro até o foco, encontrando uma imensa surpresa: uma jovem fada desacordada amarrada a uma grande árvore.

Melhor voltarmos um pouco no tempo para entendermos melhor, mais precisamente na noite anterior, no palácio das fadas...

Todos ali estavam extremamente agitados. Cada estátua e coluna de mármore dos grandes salões brancos da imensa construção estavam sendo decorados com fitas verdes, azuis e rosas, as cores do reino. Aquela celebração era a maior festa do ano. A grande concentração de fadas, unicórnios, elfos e anões se empenhavam muito nos preparativos para a ocasião.

Mas não eram todos que estavam trabalhando. Mary, a princesa das fadas, estava em seu quarto. Ela só teria um pequeno papel a representar na celebração depois que completasse dezesseis anos, então, tendo apenas treze, ela só precisaria se preocupar em se divertir.

Nessa hora havia uma dúzia de unicórnios montando guarda nos arredores da torre do quarto da princesa, estando até mesmo o próprio comandante da guarda, o unicórnio de pelo preto Dédalus, ali.

- Comandante, senhor, trago novidades - Disse outro unicórnio, um de pelo cinza, ao chegar onde seu superior estava

- Estão todos em seus postos? - Perguntou o comandante

- Quase todos, senhor - Respondeu o recém-chegado - O guarda atual do quarto da princesa ainda não encerrou seu turno

- Há alguma possibilidade de ele desconfiar de algo? - Perguntou Dédalus

- Não, senhor - Respondeu ele - É um novato

- Excelente - Disse o comandante - Daremos início à operação assim que o turno dele terminar

Depois disso Dédalus ficou em silêncio, enquanto o outro unicórnio ficou batendo devagar seus cascos contra o chão, em um ritmo bastante irritante.

- Quer falar mais alguma coisa? - Perguntou o comandante

O Lobisomem e a FadaOnde histórias criam vida. Descubra agora