Harry realmente escapa da Alemanha e encontra Louis perto de uma multidão de turistas comendo crepes na Place du Tertre, com um blazer azul elegante e um sorriso malicioso. Depois de duas garrafas de vinho, eles voltam trocando as pernas para o hotel, onde Harry se ajoelha no mármore branco e ergue os olhos grandes, verdes e profundos para Louis, e Louis não sabe descrever a sensação em nenhuma língua que conheça.Ele está tão bêbado, a boca de Harry é tão doce e é tudo tão francês pra cacete que ele esquece de mandar Harry de volta para o hotel dele. Esquece que eles não passam a noite juntos. Então, eles passam.
Ele descobre que Harry dorme de lado, a espinha protuberante em alguns pontos que na verdade são macios ao toque se ele encostar a mão, com muito cuidado para não acordá-lo porque ele está dormindo de verdade, o que é raro. De manhã, o serviço de quarto traz baguetes crocantes, tortas recheadas de damascos gordos e melados e uma cópia do Le Monde que Louis pede para Harry traduzir em voz alta.
Ele lembra vagamente de dizer a si mesmo que não fariam essas coisas. Está tudo um pouco turvo agora.
Quando Harry vai embora, Louis encontra um papel de carta ao lado da cama: Fromagerie Nicole Barthélémy. Deixar instruções de como chegar a uma queijaria parisiense para o amante clandestino — Louis precisa admitir: Harry é muito coerente com seu papel.
Mais tarde, Sarah envia a ele uma captura de tela de um artigo do BuzzFeed sobre a “melhor amizade da história” entre ele e Harry. É um conjunto de fotos: o jantar de Estado, alguns retratos dos dois sorrindo diante dos estábulos em Greenwich, um do Twitter de uma francesa com Louis recostado em uma cadeira diante de uma mesa minúscula de café enquanto Harry termina a garrafa de vinho tinto entre eles. Embaixo, Sarah escreveu a contragosto: Bom trabalho, seu bostinha.
Ele imagina que é assim que eles vão continuar tocando essa história — o mundo vai continuar achando que eles são melhores amigos, e eles vão continuar representando esse papel.
Objetivamente, ele sabe que deveria se controlar. É tudo físico. Mas o Príncipe Encantado Estoico e Perfeito sorri quando goza, e manda mensagem para Louis a altas horas da noite:
Vossa alteza Príncipe Babaca: Você é um demônio completamente maníaco e maldoso, e vou te beijar até você não saber mais falar.
Louis está meio obcecado.
Louis decide não pensar demais. Normalmente, eles só se cruzariam algumas vezes por ano; é preciso ser criativo para mudar as agendas e jogar um charme sobre suas respectivas equipes para se encontrarem com a frequência que seus corpos exigem. Pelo menos, eles têm uma desculpa de relações públicas internacionais.
Seus aniversários, ele descobre, têm pouco mais de um mês de distância, o que significa que, nos últimos dias de dezembro e todo o mês de janeiro, Harry tem vinte e um anos e Louis, vinte e quatro. (“Sabia que ele era a porra de um aquariano”, Liam comenta.)
Por acaso, Louis vai cadastrar eleitores na Universidade de Nova York no início de fevereiro e, quando manda mensagem para Harry sobre o compromisso, recebe uma mensagem rápida quinze minutos depois:
Vossa alteza Príncipe Babaca: Remarquei a reunião da ONG em Nova York para este fim de semana. Vou estar na cidade pronto para chicotadas de aniversário etc e tal.
Os fotógrafos estão a postos quando eles se encontram na frente do Metropolitan Museum, então eles se cumprimentam com um aperto de mãos e Louis diz, sorrindo para as câmeras:
— Quero te ver sozinho, já.
Eles são mais cuidadosos nos Estados Unidos e sobem para o quarto de hotel um de cada vez — Harry pelos fundos, cercado por dois seguranças reais altos, e, depois, Louis com Paul, que sorri, sabe de tudo e não comenta nada.

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red, white and blue | l.s
Fanfictionaquela em que Louis é o filho da presidenta dos Estados Unidos e Harry é o príncipe da Inglaterra, e eles se apaixonam. - retirado do livro vermelho, branco e sangue azul e adaptado para larry -