Capítulo 8

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O ômega de cabelos dourados não sabia explicar o nível de conforto que estava sentindo naquele momento.

Era como se estivesse pousando em uma nuvem macia de algodão doce, enquanto Anjos Cantam baixinho em seu ouvido uma canção de ninar. 

Tudo naquele lugar deixava-o calmo e paciente.

Clínicas psiquiatras de ricos são bem confortáveis, na verdade tudo que se relacionava a pessoas ricas são confortáveis.

Jimin por ter amigos, que o amavam muito, de alta classe, estava acostumado com este tipo de ambiente acolhedor e privilegiado, digamos assim, o caminho para a terapia não foi nada agradável, mas ao entrar na sala cor de rosa e azul bebê, seu espírito parece ter entrado no céu. 

Estava deitado sobre um divã cor salmão, enquanto uma bela beta de pele negra estava em uma poltrona verde água, ao seu lado, era uma mulher de idade mais avançada, tinha cabelos que cheirava morango e um sorriso gentil, Jimin gostou dela, lembrava sua avó falecida.

Essa pessoa que faria o acompanhamento de Jimin era uma psicóloga especializada em ômegas, então sua sala era tudo para confortá-lo, coisa que deu certo, tinha até lanches. Tudo do bom e do melhor que Jin escolheu a dedo para seu bolinho de arroz.

— Se sente confortável, meu bem? — Até a voz da mulher parecia uma melodia instrumental de tão suave.

— Sim. — O ômega respondeu. Seus olhinhos estavam fechados, suas mãos apoiadas em seu peito.

— Podemos começar a nossa sessão? Se importaria?

— Podemos, por favor. Estou mais calmo.

— Que bom que está mais calmo, isso é muito importante, está fazendo bem. A música de meditação ajuda bastante, vou mantê-la, ok?

— Ok.

— Seu Hyung passou dois relatórios sobre você ontem à noite, estudei para compreendê-lo melhor, acho que já tenho seu diagnóstico, mas quero ter a mais absoluta certeza antes de iniciar qualquer tratamento.

— Jin Hyung é um ótimo amigo. — Jimin murmurou.

— Tenho certeza de que sim, por um momento achei que fosse uma mãe desesperada com seus filhos doentes em casa.

— Ele é bem protetor. — Jimin riu baixo ao lembrar como Jin jogou todos dentro da van e colocou o cinto de segurança em cada um, deixou lugares vagos para Jimin e Tata sentarem juntos em um banco duplo que parecia dois bebê-conforto do tamanho de ambos. Havia até desenho para os dois assistirem.

— Jimin. Na sua primeira sessão quero trabalhar seus relacionamentos sócio—afetivos. Certo, meu bem?

— Certo.

— Primeiramente, como é a sua relação cotidiana com seus companheiros? Eles são legais com você?

— Bem, somos sete alunos destaques desde que entramos no fundamental dois. Não ficamos com o resto da escola por acreditarem que somos muito avançados, então ficamos em um edifício diferente sem professores. Tirando as intrigas bobas, os conflitos por todos terem personalidades distintas, apesar de qualquer coisa mesmo, sempre estamos juntos, nos apoiando. Acho que tenho uma relação com eles como se fosse minha verdadeira família.

— Sua confiança neles é boa? Por favor, seja sincero, nada dito aqui será ouvido por outra pessoa, além de mim. Fique tranquilo.

— Eu confio neles, muito mesmo. Arriscaria a dizer, que com a minha vida.

— Como os conheceu?

— Foi de maneiras bem diferentes. Jin Hyung, acho que foi o primeiro que me lembro ter conhecido, entramos na escola quando pequenos ao mesmo tempo, nós sempre ficávamos sozinhos no recreio, as crianças não gostavam muito de Jin por ser bem explosivo e eu por ser o único aluno bolsista.

Senhores do Olimpo. 📚Onde histórias criam vida. Descubra agora