Capítulo 5

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A noite no pub se torna algo como uma ocorrência semi-regular depois disso. Duas semanas depois, Luna e Gina se juntam a eles e é apenas um pouco estranho antes de Luna conseguir diminuir a tensão com sua história sobre chizpurfles e o uso de suas carapaças em poções. Draco, que nunca passou muito tempo com sua prima, descobre que o conhecimento de Luna sobre criaturas mágicas oferece alguns insights interessantes sobre seus usos na preparação de poções e eles conversam a maior parte da noite. Gina, que parece muito diferente de quando Draco a viu pela última vez (seu cabelo está curto agora e ela está um pouco mais gorda), conversa sobre Quadribol com Harry e Blaise por horas e quase resulta em uma briga. Ao todo, acaba sendo uma noite muito agradável e eles decidem encerrar a noite quando Luna e Gina começam a ficar de mãos dadas.

Claro, não seria a vida de Draco se ele pudesse se divertir por muito tempo. No dia seguinte, uma coruja está esperando por ele quando ele volta do trabalho à noite. Ele não a reconhece e quando ele remove a carta e ela imediatamente se afasta, uma sensação de desânimo se instala no estômago de Draco. Suas suspeitas se confirmam quando ele desdobra o pergaminho e vê a assinatura de seu senhorio. É seu aviso prévio de duas semanas. Em quinze dias, ele deve ter a loja e o apartamento vazio.

Draco guarda para si mesmo a princípio, nem mesmo conta a Blaise, mas quando depois de sete dias ele ainda não fez nenhum progresso substancial em encontrar um novo lugar, ele começa a entrar em pânico. Acontece que conseguir um novo apartamento não é tão difícil. Ele encontrou alguns lugares que o hospedariam, mesmo que apenas temporariamente. Eles são todos ainda piores do que o apartamento de Knockturn Alley, mas ele aceitaria qualquer coisa neste momento. O verdadeiro problema, porém, é encontrar um apartamento que permita a fabricação de suas poções ou um novo lugar para abrir a loja novamente. Mas a maioria das vitrines mágicas de Londres estão ocupadas, e as poucas que não estão têm tantos compradores que Draco sabe que nem precisa tentar.

Ele está tão estressado que até para de responder às corujas de Potter. Não é nem intencional, não realmente, mas acaba sendo sua ruína, porque Potter então envia uma coruja a Blaise para perguntar o que está acontecendo e dois dias depois Blaise está em sua porta, exigindo saber o que aconteceu.

Então ele diz a Blaise, que, abençoado seja, prontamente se oferece para hospedá-lo por enquanto. Draco recusa, afinal, o apartamento não é o verdadeiro problema aqui.

— O que você vai dizer a Harry? — Blaise pergunta. Ainda é estranho ouvir o primeiro nome de Potter mencionado tão casualmente.

— Eu realmente não sei, — Draco passa a mão pelo cabelo.

— Você sabe que ele vai querer ajudar e, honestamente, ele provavelmente pode.

— Eu sei, — Draco suspira. Com o passar dos anos, ele perdeu muito de seu orgulho, teve que perder, na verdade, mas mesmo agora cada grama de seu ser hesita em sequer considerar pedir ajuda a Harry.

— Apenas diga a ele. Você vai ver o que ele inventa. Só... não rejeite tudo instantaneamente, certo? — A expressão de Blaise é séria e pela primeira vez ele não faz piadas às custas de Draco. Merlin, ele realmente deve parecer patético.

— Eu... Você está certo, — Draco concede.

Blaise se levanta de onde estava sentado no chão. A maioria dos pertences de Draco já estão embalados. — Não o faça esperar. — Ele coloca a mão no ombro de Draco. — Acho que ele já estava prestes a derrubar sua porta.

— Claro.

— Mande-me uma coruja depois, ok?

Draco suspira novamente. — Vou fazer. — Ele também se levanta. — Até mais, Blaise.

North | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora