Capítulo 6

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Algo escorregou dos ombros de Draco quando ele se sentou. Ele gemeu e esfregou as axilas doloridas. Ele deve ter cochilado enquanto anotava os ingredientes do estoque baixo. Não é nenhuma surpresa, realmente, ele não dormiu muito na noite anterior. Ele lança um Tempus rápido, esfrega a mão no rosto quando ela diz que já passa das oito e se levanta da cadeira. Um cobertor xadrez cai no chão e Draco se inclina para pegá-lo. Harry deve tê-lo colocado sobre os ombros quando o encontrou dormindo em sua mesa. Uma sensação de formigamento se espalha pelo estômago de Draco.

Quando ele sobe as escadas, Draco pode ouvir vozes baixas vindo da sala de Harry, e quando ele se aproxima lentamente, sem querer incomodar, ele pode ouvir as vozes de Ron e Hermione. A porta está entreaberta e de onde ele está, Draco pode ver seus rostos no fogo. Harry está sentado de pernas cruzadas em frente à lareira.

Draco está prestes a deixar o cobertor no cabideiro de Harry e ir para casa quando ouve Harry dizer: — Ele está me matando, porra, 'Mione! Você deveria ter visto o jeito que ele olhou para mim ontem. — Draco congela no lugar.

— Aconteceu alguma coisa? — Hermione pergunta.

— Não, — Harry reclamou, — esse é exatamente o problema.

— Mas você acha que Malfoy também quer que algo aconteça, — Ron diz. Não era uma pergunta.

Harry passa a mão pelo cabelo, deixando-o ainda mais espetado. — Acho que sim.

— Então por que você não faz um movimento? — Rony pergunta. — Não custa tentar.

— Mas e se eu estiver errado? Mesmo que ele goste de mim ou algo assim, ele pode simplesmente não querer começar nada porque somos parceiros de negócios ou algo assim. — Harry parece miserável.

— Bem, você não saberá se não perguntar a ele, — Hermione diz, sempre razoável.

— Eu sei. — Harry suspira. — Talvez eu espere e veja o que vai acontecer nos próximos dias.

Rony ri. — Sim, porque você é muito bom nisso.

— Ei! — Harry diz, mas ele está sorrindo também.

No fogo, Hermione se vira de repente. — Ah droga, — ela diz, — desculpe Harry, Rosie acabou de acordar.

— Não se preocupe, — Harry acena para ela.

— Foi bom conversar com você, companheiro. Desculpe, estamos tão ocupados, — Ron diz.

— Está tudo bem, de verdade. Vou mantê-los atualizados.

— Por favor, Harry. Se cuida.

Harry acena para eles e ambos desaparecem nas chamas. Ele se estica no chão e depois se levantou. Draco percebe com um sobressalto que está caminhando em direção à porta. Ele rapidamente vira a esquina novamente e quando Harry abre totalmente a porta e sai para o corredor, Draco finge ter acabado de descer as escadas.

— Oi, — diz Harry, quando o vê, a expressão suave.

— Desculpe por ter cochilado lá embaixo. — Draco entregou o cobertor para Harry pegar. Seu coração ainda está acelerado.

Harry pegou cobertor com um pequeno sorriso. — Não tem problema. Eu tenho um quarto de hóspedes, você pode passar a noite se quiser.

A oferta é tentadora, mas Draco não confia em si mesmo agora. — Obrigado, mas acho que vou aparatar em casa.

— Tudo bem, — Harry se inclina contra o batente da porta, enfia as mãos nos bolsos de sua calça de corrida. A luz fraca da sala atrás dele destaca suas feições lindamente. — Tenha uma boa noite, Draco.

North | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora