Algo escorregou dos ombros de Draco quando ele se sentou. Ele gemeu e esfregou as axilas doloridas. Ele deve ter cochilado enquanto anotava os ingredientes do estoque baixo. Não é nenhuma surpresa, realmente, ele não dormiu muito na noite anterior. Ele lança um Tempus rápido, esfrega a mão no rosto quando ela diz que já passa das oito e se levanta da cadeira. Um cobertor xadrez cai no chão e Draco se inclina para pegá-lo. Harry deve tê-lo colocado sobre os ombros quando o encontrou dormindo em sua mesa. Uma sensação de formigamento se espalha pelo estômago de Draco.
Quando ele sobe as escadas, Draco pode ouvir vozes baixas vindo da sala de Harry, e quando ele se aproxima lentamente, sem querer incomodar, ele pode ouvir as vozes de Ron e Hermione. A porta está entreaberta e de onde ele está, Draco pode ver seus rostos no fogo. Harry está sentado de pernas cruzadas em frente à lareira.
Draco está prestes a deixar o cobertor no cabideiro de Harry e ir para casa quando ouve Harry dizer: — Ele está me matando, porra, 'Mione! Você deveria ter visto o jeito que ele olhou para mim ontem. — Draco congela no lugar.
— Aconteceu alguma coisa? — Hermione pergunta.
— Não, — Harry reclamou, — esse é exatamente o problema.
— Mas você acha que Malfoy também quer que algo aconteça, — Ron diz. Não era uma pergunta.
Harry passa a mão pelo cabelo, deixando-o ainda mais espetado. — Acho que sim.
— Então por que você não faz um movimento? — Rony pergunta. — Não custa tentar.
— Mas e se eu estiver errado? Mesmo que ele goste de mim ou algo assim, ele pode simplesmente não querer começar nada porque somos parceiros de negócios ou algo assim. — Harry parece miserável.
— Bem, você não saberá se não perguntar a ele, — Hermione diz, sempre razoável.
— Eu sei. — Harry suspira. — Talvez eu espere e veja o que vai acontecer nos próximos dias.
Rony ri. — Sim, porque você é muito bom nisso.
— Ei! — Harry diz, mas ele está sorrindo também.
No fogo, Hermione se vira de repente. — Ah droga, — ela diz, — desculpe Harry, Rosie acabou de acordar.
— Não se preocupe, — Harry acena para ela.
— Foi bom conversar com você, companheiro. Desculpe, estamos tão ocupados, — Ron diz.
— Está tudo bem, de verdade. Vou mantê-los atualizados.
— Por favor, Harry. Se cuida.
Harry acena para eles e ambos desaparecem nas chamas. Ele se estica no chão e depois se levantou. Draco percebe com um sobressalto que está caminhando em direção à porta. Ele rapidamente vira a esquina novamente e quando Harry abre totalmente a porta e sai para o corredor, Draco finge ter acabado de descer as escadas.
— Oi, — diz Harry, quando o vê, a expressão suave.
— Desculpe por ter cochilado lá embaixo. — Draco entregou o cobertor para Harry pegar. Seu coração ainda está acelerado.
Harry pegou cobertor com um pequeno sorriso. — Não tem problema. Eu tenho um quarto de hóspedes, você pode passar a noite se quiser.
A oferta é tentadora, mas Draco não confia em si mesmo agora. — Obrigado, mas acho que vou aparatar em casa.
— Tudo bem, — Harry se inclina contra o batente da porta, enfia as mãos nos bolsos de sua calça de corrida. A luz fraca da sala atrás dele destaca suas feições lindamente. — Tenha uma boa noite, Draco.
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North | Drarry
FanfictionQuando Draco envia uma coruja ao indescritível fabricante de vassouras especializado, ele não esperava terminar em um relacionamento comercial com ninguém menos que Harry Potter, com quem ele não fala há sete anos.