Capítulo 2: O Caso Bervely

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Algumas semanas depois, um assassinato havia ocorrido naquela cidadezinha, o que nos levou a investigá-lo.

- O que houve aqui policial? - Disse Dan

Beverly, 34 anos, assassinada e sem sinal do assassino.

Podemos dar uma olhada na cena do crime?  - Disse Eu

Claro.

Entramos lá, e não havia nenhuma pista que nos levasse ao suspeito, até que Dan achou a marca de uma bota no carpete, isso me levou a verificar se a vítima usava alguma bota com uma marca semelhante, e a marca não era de sua bota.

Parece que essa marca foi feita a poucas horas, antes mesmo de denunciarem. - Disse Dan

Vamos conversar com os vizinhos, para ver se sabem de algo.

Conversamos com mais de 3 vizinhos, e todos afirmaram que Bervely não tinha inimigos, que era uma boa moça, e tinha uma filha que morreu devido a uma complicação médica quando nasceu.

Bom, de volta à estaca zero.

Mas isso não faz sentido, como não havia alguma movimentação suspeita nessa área?

Sem contar Noah, que ela morreu dentro da própria casa.

Então pode ter a chance do culpado estar em algum cômodo escondido?

Talvez não, seria algo meio impossível.

O que acha de irmos até a casa da mãe dela para darmos a notícia?

Vamos.

No dia seguinte, fomos até a casa da Senhora Earl, demos a notícia que logo a deixou de coração partido e em lágrimas. E depois de um tempo, ela nos contou um pouco sobre sua filha Beverly, e revelou algo sobre o passado dela.

Quando ela estava no ensino médio, ela sempre era desejada pelos garotos da escola. Tinha até um que era extremamente obcecado por ela, e sempre mandava cestas de flores, chocolates, cartas. Até aí tudo bem, só que quando ela lhe contou que não sentia o mesmo, ele passou a persegui-la mais ainda... Robert, meu falecido marido, e eu chegamos até à mudar ela de escola.

E qual era o nome dele? - Perguntou Dan.

Era Doug. Doug Sheeran.

Por acaso, Beverly tinha algum relacionamento? - Perguntou eu.

Ah sim, ela estava namorando com Yuri, um bom homem, e eles tiveram uma filha... minha netinha, que morreu antes mesmo que eu pudesse conhecê-la - Disse Earl, tirando seu óculos e secando suas lágrimas.

E o que houve com ele? - Perguntou Dan.

Ele continuou com ela, dando todo apoio que ela precisava, era um homem que a amava de verdade. Mas eu não sei como ele está hoje em dia, mas deve estar abatido com a morte dela.

Muito obrigado, nossos pêsames senhora. - Disse eu, abraçando ela.

Nós saímos da casa dela, e entramos dentro do carro.

- Aí, será que Yuri sabe o que aconteceu?

- Eu não faço ideia, mas a gente precisa achar ele.

- Mas como?

- Relaxa que eu tenho um plano.

O plano dele era ir até a delegacia e pegar o celular de Bervely para achar alguma pista de Yuri. Até que vimos uma chamada perdida dele, então resolvemos ligar para ele.

- Alô? Alô? Beverly, você está bem??

- Calma aí, aqui não é ela.

- O quê? Quem é você e o que fez com ela?

- Não fizemos nada, somos detetives e ela foi morta.

- Olha eu sei que é muito triste e tudo mais, você vai ter tempo para processar e tudo mais, mas precisamos que nos ajude a encontrar Doug.

- O Doug? Ele mora na Rua Wernest 402. Mas o que ele tem haver com isso?

- Acreditamos que ele possa ser um possível suspeito, e precisamos ir até ele.

- Ah, claro.

Dan achou que era melhor irmos até a casa de Yuri também, ele achava que ele também seria um suspeito. Fomos até lá, e como não havia ninguém em casa, arrombei a porta, o celular de Yuri estava ligado e caído no chão, com uma mancha de sangue sobre ele. Eu logo disse:

- Dan, temos que ir para a casa do Doug agora.

E saímos de lá correndo, enquanto a chuva começava a cair, e chegando na casa de Doug, a porta estava aberta. Reconhecemos que seria uma armadilha, então entramos pela porta de trás. Não havia ninguém em casa... Até que Dan sentiu um cheiro estranho vindo do porão, e quando a gente foi lá, vimos os corpos de Yuri e outro homem que presumimos ser Doug, lá.

- Caralho, quem tá por trás disso?

- Dan! Tome cuidado!

- O quê? - Disse Dan pegando na mão de uma mulher que estava com uma faca na mão.

Eu tirei a arma do meu bolso e apontei para ela. Dan saiu da casa e foi até o carro pegar uma algema.

- Por que você fez isso? É você que está por trás da morte de Bervely?

- Você é inteligente. - Disse Lexi rindo num tom maligno e batendo palmas.

- Mas o que te levou a cometer esses assassinatos? - Disse Noah.

- Eu não suportava o Doug, se humilhando e perseguindo a idiota da Bervely, enquanto tudo que eu mais amava era ele. Então eu a matei, e então eu fui até a casa de Yuri, e o sequestrei e o matei aqui... Doug ficou tão orgulhoso de mim, mas ainda assim ele achava que Bervely iria correr para ele, logo, eu o matei.

- Você não sabe o quão doente é.

- Pois saiba que você está presa.

Naquela noite chuvosa e sombria, a polícia chegou, e levou os corpos e a Lexi para a cadeia.

- O que seria de nós sem vocês rapazes? Mandaram muito bem.

- Ah que isso, só mais um dia de serviço.

- Muito obrigado aos dois.

- E aí Noah? Vamos pra casa?

- Claro.

Voltamos para o Hotel. Eu dormi, até que tive um sonho com a Senhora Walters no meio das árvores, chorando enquanto olhava pra mim... Eu não entendi que porra foi aquela.

Uma cidade, vários segredos - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora