Capítulo 4: A maldição de Oregon

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Uma luz branca arrepiante irrompe, e Noah acorda na vida real, surpreendido ao perceber que estava no hospital. Seus olhos encontram Dan dormindo próximo. As lembranças da carta de Letícia Walters ressurgem, e logo ele compreende a verdade. Recordações do acidente com o caminhão inundam sua mente, uma compreensão profunda sobre o que realmente aconteceu começa a clarear sua consciência. Lágrimas escorrem pelo rosto de Noah enquanto o peso da revelação se torna avassalador. Desespero toma conta dele ao confrontar a verdade sobre o acidente e a conexão com Letícia Walters. O tumulto emocional é palpável no silêncio do hospital, onde as lágrimas expressam o peso de uma realidade recém-descoberta. Uma enfermeira gentil se aproxima, percebendo o sofrimento de Noah. Com compaixão, ela tenta acalmá-lo, oferecendo palavras reconfortantes e um toque suave. Sua presença tranquilizadora é um bálsamo momentâneo no turbilhão emocional que Noah está enfrentando.

- Eu sinto muito pela situação de vocês dois - Disse Ela.

- Há quanto tempo estamos assim? - Disse Noah

- Já faz 3 meses.

- Você tem que ser forte pelo seu amigo. Foi um milagre você acordar, agora precisamos que ele acorde também.

Depois de alguns minutos conversando com ela, uma determinação feroz arde nos olhos de Noah. Movido por um propósito inabalável, ele está decidido a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para trazer Dan de volta. Ele ligou para seu tio que pratica viagens fora do corpo para que possa ajudar com a situação.

- Olá tio Bake, preciso da sua ajuda...

*Enquanto isso*
Algumas semanas após a "morte" de Noah, Dan estava numa profunda depressão, até que de repente alguém arromba a porta de sua casa.

- Mas que porra?? - Disse Dan.

- Fica quieto idiota - Disse o homem misterioso tampando a boca dele.

- Eu sei que é difícil de acreditar, mas você tá correndo um grande perigo. Todo foco dele agora está em você.

- Ele quem?

- Shalmers, um espírito pior que um demônio. Ele está atrás de você e seu amigo por serem os únicos humanos vivos que passaram por perto daqui.

- O quê? Tô entendendo merda nenhuma.

- Escuta, quando você sofreu o acidente de caminhão, os corpos astrais de você e seu amigo já não estavam totalmente conectados aos corpos físicos. Por isso vocês sofreram uma ilusão imposta pelo espírito de Shalmers para fazer vocês pensarem que não colidiram com aquele caminhão.

- Não, você só pode tá mentindo, dá um fora daqui filho da mãe.

- Eu matei seu amigo.

- Foi você desgraçado, eu vou te matar.

Antes mesmo que Dan acertasse o homem, ele o prendeu.

- A senhora Walters me pediu para fazer isso, Shalmers descobriu através de alguém que ela estava tentando revelar para vocês. Ela não cometeu suicídio, o espírito a mandou para o inferno.

- Ora ora, que bom estarem aqui - Disse Shalmers rindo.

No mesmo minuto, o homem chamado Wil fugiu, e o espírito macabro deixou Dan inconsciente e o levara para sua masmorra, e desse modo, toda a imagem que parecia ser de uma cidade comum e normal se deteriorou até se revelar uma cidade abandonada como espectros perdidos entre ruínas esquecidas. O local revelava sua natureza macabra, envolta em um manto de desespero. As almas inocentes vagavam, aprisionadas entre as sombras de um passado sombrio. Cada esquina sussurrava histórias esquecidas, ecoando tristezas e segredos sepultados. Em meio ao cenário desolador, a esperança parecia ter-se dissipado, deixando para trás um ambiente assombrado pela memória de tragédias antigas.

Para Noah Hoffmann, uma batalha contra o tempo estava prestes a começar. O relógio contava os segundos enquanto Noah se lançava em uma jornada desesperada, para desvencilhar Dan das garras da morte iminente. Cada decisão tornava-se crucial, pois o destino de seu amigo pendia numa corda tênue entre a vida e a morte.

Uma cidade, vários segredos - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora