Uma cidade, vários segredos - Parte 1

Capítulo 3: 1 Pedro 5:8,9

Nesses 3 meses, eu tenho tido muitas sensações estranhas, como se eu não fosse eu mesmo, e ainda tive vários sonhos estranhos, só que dessa vez sonhei com minha mãe (que já não está mais entre nós). Nos sonho, ela lia uma passagem da Bíblia para mim:
1 Pedro 5:8
Sede sóbrios, vigiai. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar.

Pode parecer algo da minha mente, mas fazia um estranho sentido. Então eu decidi ir até a Senhora Walters novamente.

- Irmão, eu vou ir até a loja de construção e já volto.

- Ok, mas qual o motivo?

- Vou comprar extensões.

- Até mais então.- Disse Dan.

A partir daí eu fui até a delegacia. Chegando lá, descobri que ela havia cometido suicídio. Eu pensei que poderia ser mentira, mas encontrei uma carta para mim em meio aos seus pertences... A carta mandava eu ir para a casa dela, e eu fui.
A casa estava completamente abandonada, tive que arrombar a porta. E em cima da mesa estava outra carta com meu nome e o nome do Dan. Nela estava escrito:

Caros Noah e Dan, me desculpem pelo nosso último encontro, mas foi necessário pois há um inimigo querendo causar um grande mal à vocês. A verdade é que todos nessa cidade estão mortos, inclusive eu, você e seu amigo são os únicos seres vivos que estão distante de seus corpos físicos. Eu não cometi suicídio, o inimigo fez com que minha alma fosse lançada ao inferno, sei disso pois essa foi a ameaça que ele fez anteriormente para todos os espíritos da cidade. Vocês precisam dar um jeito de acordar antes que seja tarde.

Após ler isso, as peças finalmente se encaixaram, senti como se o chão desaparecesse sob meus pés, essa revelação me acertou como um soco no estômago. Enquanto aquela noite fria e macabra chegava, eu me dirigia até a porta da casa, e do outro lado estava Dan (para minha surpresa).

- O que você venho fazer aqui? - Perguntou ele irritado.

- Cara, eu descobri uma coisa terrível, a gente precisa sair daqui agora e ir para um lugar seguro.

- Presumi que falaria isso finalmente - Disse ele mudando de forma e com um revólver atirando na minha cabeça.

A verdade é que aquele não era Dan, era um total desconhecido, e ao estar perdendo a consciência eu não poderia fazer nada para ajudar ele...

Enquanto isso, Dan estava andando pelas ruas procurando por Noah, e foi até a delegacia.

- Vocês viram aquele cara que sempre anda comigo?

- Ele venho mais cedo, procurando a prisioneira da cela 38, e depois foi para a casa dela.

- Obrigado.

Dan pensou consigo mesmo qual seria a razão para Noah ter mentido sobre isso. Estando perto da casa de Letícia, Dan encontra um corpo estirado no chão. Dan cai de joelhos ao perceber que era Noah morto, seu rosto se contorce em angústia enquanto lágrimas escorrem. O desespero toma conta dele, e o peso da perda é quase insuportável.
Dan, com as mãos tremendo, imediatamente discou para a emergência, desesperado. No dia seguinte, ele enfrentou o doloroso dever de enterrar seu amigo de infância. A tristeza o envolveu como uma sombra, mergulhando-o em uma profunda depressão ao perceber a irreversibilidade da perda. O vazio deixado pela morte de Noah era avassalador.