001 - Braseirinho

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• Stephanie Medeiros

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Stephanie Medeiros

Olhei as últimas notícias no twitter sobre o meu esporte, ai como eu amo essa rede social fofoqueira. Terminei a garrafa de cerveja e coloquei na caixa própria da bebida.

A porta se abriu e Raul Neto passou por ela, e realmente, brasileiro ama encontrar outro brasileiro na gringa.

Eu tenho tanto pra te falar — ele começou.

Mas pelo whatsapp, não dá — continuei.

Como é grande a fofoca que eu tenho pra te contar! — Rimos, me levantei da cadeira e o abracei.

— Ai, cara, que saudades! — Quanto tempo que não nos vimos? Perdi a conta, mas creio eu que seis meses.

— Mas eu tenho fofoca mesmo, e das grandes!

Soltei ele e nos sentamos nas cadeiras estofadas. Colocamos o fone e a galera conferiu o som novamente.

Eu tenho um podcast afiliado a ESPN, e nossa, isso é tão legal. Já sentaram nessa cadeira Michael Jordan, LeBron James, Jordan Poole, Pique — não me orgulho desse —, Neymar Junior, Luka Modrić e outras lendas do basquete e futebol.

Já dizia meu filho: maneiro.

E claro, o meu brasileiro da NBA: Raulzinho. Esse podcast já é a casa dele, ele manda aqui mais que eu e eu adoro.

— Português tá liberado hoje? — Raul perguntou.

— Tá sim, dia de felicidade! — Ajeitei o microfone — Não deu tempo de ver o jogo hoje, quem ganhou? — Perguntei, abrindo a latinha de energético TNT de maçã verde.

— Golden State Warriors.

— Curry jogou hoje?

— Não! — Arqueou a sobrancelha.

— E vocês perderam? — Repeti o gesto dele.

Inacreditável.

— Inimigo pra quê, não é mesmo?

— É o Stephen Curry, não existe homem hetero perto dele. O cara é o maior gostoso, e ele sabe que é gostoso. E tipo assim, é o príncipe do basquete mundial.

— Cê lembra que tá ao vivo, filha?

Bati as mãos na boca e arregalei os olhos, meu Deus, socorro. Senhor, me mata agora.

— Me ferrei amigos e amigas, Estevão Ferreira — bebi o energético.

Ele deu uma crise de riso, Raul Neto, Raulzinho, tá rindo da minha pessoa porque eu acabei de chamar um dos maiores jogadores da NBA atualmente de gostoso. Ao vivo. Em horário nobre para os fãs brasileiros de basquete: madrugada.

E olha, Jesus perdoa, mas o brasileiro não.

— ESPN não me demite — berrei, soltando um riso também.

Ao vivo e a cores - Stephen Curry Onde histórias criam vida. Descubra agora