Capítulo 10

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As nuvens cinzas no horizonte tinham um aspecto assustador anunciando que a chuva não havia terminado naquele dia e o vento frio trazia consigo o cheiro de fumaça  a medida que o fort ficara para trás e nos embrenhavamos cada vez mas cavalgando agora em um ritimo mas lento seguindo por caminho invisivel aos meus olhos, não era preciso muitas palavras pos a necessidade de estarmos juntos era muito maior agora que saiamos por aquele deserto arido rumo a um lugar que so ele sabia mas que cada pedacinho do meu corpo clamava em segui-lo.

     — Não poderemos seguir a cavalo apartir daqui.— disse ele ao dirigir a montaria para um local protegido, descendo do cavalo e ajudando-me a descer   caminhamos juntos por entre as grandes pedras ate enxergarmos uma fenda que daquela distancia parecia minuscula mas que conforme caminhavamos em sua direçao maior ficava.— quero lhe mostrar um lugar muito especial para mim.— falou ele e no seu rosto a sombra de um sorriso era o sinal do quão empolgado estava por estar ali.

         — Você vem sempre aqui?— perguntei.

         — Quando necessario! não podemos da aos bilagàana o caminho deste lugar.— respondeu ele e sua mão apertou involuntariamente com mas força a minha,sabia que falar do homem branco era algo que lhe aborrecia ao extremo,por isso não fiz mas perguntas e so o segui ate atravessarmos a fenda na rocha e sairmos para um lugar que mas parecia ter saido de um conto de fadas,era um paraiso em meio ao deserto.

           — É lindo!— exclamei ao olhar o lugar,era tanta verde que não era possivel associar aquele paraiso ao solo rachado e totalmente seco la fora sem nemhuma arvore a nao ser arbustos secos levados ao vento.

            — Pensei que gostaria de um piquenique de verdade!um lugar onde posssa ver algo realmente belo e cheio de vida não apenas morte e sequidão.— ele tinha uma expressão de paz em seu rosto bonito e um sorriso do qual nunca havia presenciado desde minha chegada aquele lugar.

           — É maravilhoso,nunca antes vi algo tão lindo._ ele tomou minha mãos na sua e me conduziu em direção as margens do pequeno lago de aguas incrivelmente cristalinas,a magia daquele local fazia com que ambos esqueçessem dos poblemas la fora e das diferenças que traziam tanto sofrimento aquele povo,ali podiam ser o que quisessem,fazer o que quisessem.— como a agua não ficou lamacenta com a chuva?— perguntei ao olhar para cima e ver que pela pequena abertura na rocha podia-se ver um pouco do ceu cinza.

          — Talvez seja a magia do lugar!— disse ele sorrindo.— meu povo acredita que  este lugar é uma parte do reino divino dado a nos,e o que não nos permite morrer durante as longas e geladas noites,pegamos lenha aqui,o suficiente para nos aquecer ja que fora não nos resta mas nada.— disse ele ao brincar com meus dedos.

           — Sinto muito pelo que aconteceu ao seu povo,acredite não sabe o quanto me envergonho do que meu povo fez com o seu,mas tudo vai se resolver,o governo enviara seu povo de volta a suas terras de onde foram tirados.— falei e minha voz foi esmorecendo conforme prosseguia.— no maximo dois meses,foi este o motivo de eu querer ve-lo,estou tão feliz por você,por seu povo.— forcei um sorriso e tentando fugir do seu olhar surpreso o abracei e esse gesto custou ao meu coração e a minha situação bem mas que eu gostaria que fosse.
       A principio minhas mãos eram tremulas quando toquei a pele macia de suas costas e senti ele estremecer,aos poucos depositei minha cabeça em seu peito ouvindo as batidas de seu coração,a vergonha tomava meu rosto mas eu ja o tinha feito e não havia como voltar a trás,meu rosto queimava quando ele me envolveu em seus braços e delicadamente com uma mão ergeu meu queixo lentamente e eu não sabia se teria coragem de olhar em seus olhos ja que eu tinha certeza que tudo que sentis no exato momento estava estampado em meu rosto junto com a vermelidão que o tomava.

Paixão Selvagem (Livro 3) Série Os Griffiths Onde histórias criam vida. Descubra agora