Becky Armstrong.
Já segura em casa, minha mente estava a todo o momento relembrando o que havia vivido nos braços de Freen. Não conseguia pensar em um momento mais perfeito que havia vivido. Freen tinha uma ótima pegada e sabia exatamente como destruir alguém. O sono não me visitou naquela noite, apenas os pensamentos que decidiram por conta própria inundar minha mente.
O dia seguinte logo chegou, com um calor absurdo. Uma desvantagem incrível em morar na Tailândia, pois poucos dias eram frios naquele lugar e o calor parecia querer assar qualquer um. Após fazer minha higiene pessoal, segui meu caminho para uma pequena lanchonete, ao qual era quase o meu trajeto de sempre. Fiz o pedido que fazia todas as vezes em que estava lá e enquanto saboreava meu café da manhã, meu celular tocou. Respirei fundo, pois poderia ser Orn, relutei um pouco em atender, porém, sabia que não poderia fugir para sempre.
"Alô"
"Filha? Está tudo bem?"
"Oh, papai! Está sim, só fiquei surpresa em ser você."
"Certo. Queria apenas te dizer que logo mais estarei aí em Bangkok. Estou trabalhando com uma empresária e ela me convidou para conhecer a terra natal dela. Se importaria se eu dormisse em sua casa?"
"Quando você vem?"
"Segunda."
"Ok papai, hã... preciso ir, estou cheia de planilhas no meu trabalho, bye bye!"
Desliguei aquela ligação morrendo de medo. Meus pais não sabiam de minha profissão, para eles, eu trabalhava como assistente de algum milionário. Se minha mãe soubesse que eu ganhava a vida dançando sensualmente, ela acabaria comigo e meu pai me trituraria após a morte. Os dois odiavam garotas de programa ou qualquer profissão que se assemelhasse a esta. Eles diziam que mulheres que levavam esse estilo de vida destruía casamentos e desvirtuava pessoas.
Queria correr dali e me esconder até ninguém mais me achar. O café da manhã de repente não desceu mais, fiz o pagamento de tudo que consumi, e gentilmente o garçom me deixou levar o restante. Voltei para casa me sentindo ainda mais tensa, precisava ajeitar tudo ou teria sérios problemas.
Freen Sarocha.
Sentada em meu sofá, permanecia lendo meu jornal enquanto Heng tentava se aproximar de mim.
— Freen, você pode me perdoar? Já deve ser a quinta vez que te imploro.
— Você me deu um tapa no rosto, Heng! Não tem o que perdoar.
— Se coloque no meu lugar por um momento. Você vê seu parceiro dando mais atenção para a terceira pessoa que você convida e...
— Havia te dito que incluir um terceiro não daria certo, os casais não são iguais! O que deu certo para o Saint pode não dar certo para o resto do mundo. Quer saber... vou trabalhar.
— Você não pode ir ainda, não nos resolvemos e...
— Não acho que tenhamos algo a resolver depois de ontem. Aliás, não me espere hoje em casa. Talvez um tempo a sós te ajude a pensar em tudo que fez.
Me levantei do sofá e como já estava devidamente vestida, segui para meu trabalho. De fato, não queria falar com ele. Heng poderia ser muitas coisas, eu tinha suportado dele muitas coisas, mas receber um tapa dele havia sido o suficiente para mim. Enquanto dirigia meu carro até o trabalho, pude ver o carro dele seguindo o meu, era óbvio que aquilo aconteceria, ele iria me perseguir até que conseguisse meu perdão. Assim, aproveitei uma brecha por entre os carros e decidi fazer outro caminho, não iria trabalhar. Pelo menos não presencial. Quando finalmente estive mais livre do trânsito, estacionei meu carro e fiz a ligação para a única pessoa que naquele momento me faria sentir-se melhor.
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Think Alike - Freenbecky
RomanceVivendo em um casamento de fachada, Freen possui um hábito pouco comum para mulheres de sua categoria em seu país. A atraente milionária, frequenta uma boate erótica, onde secretamente fantasia com a melhor dançarina daquele lugar ao qual ela sabe q...