Think Alike - Freenbecky

Libertação.

(Últimos Capítulos).

Becky Armstrong.

Senhora Saeueng não era boa, Ken era um monstro e Heng um demônio. Não existiam pessoas que não quisesse tirar vantagem de algo ou alguém naquele meio. Respirei fundo enquanto Ken sem qualquer respeito por mim arrancava minhas roupas, naquele momento passei a entender o lado ruim daquela profissão, o quanto os homens não sabiam respeitar as mulheres e o quanto que nosso país ainda era completamente preconceituoso e machista.

Já estava me preparando para o pior momento da minha vida quando ouvi uma voz que não esperava ouvir naquele lugar.

— O que pensa que está fazendo? —  Gritou Freen puxando Ken pela camisa.

O susto havia sido grande por parte dele e por mim. Freen não estava sozinha, quando ela o puxou, Saint o acertou com um bom soco. Freen me puxou para seus braços, cobrindo com seu enorme sobretudo o meu corpo parcialmente nu. Fiquei por algum tempo abraçada com ela, como se Freen fosse o meu porto seguro e de certa forma, parando para pensar, ela era.

— Porque você veio para cá, Freen? — Questionei algum tempo depois.

— Vim porque depois de voltar da delegacia, achei que você precisaria de algum tipo de ajuda para falar com a Saeueng.

Apenas concordei. Se antes achava que poderia conversar naturalmente com Saeueng, agora havia descoberto que durante todo aquele tempo jamais havia a conhecido de fato. Eu admirava apenas o que ela havia me vendido, mas agora, conhecendo aquele demônio em forma de pessoa, tinha percebido que precisava de toda a força possível.

O barulho dos gritos de Saint e Ken logo chamavam a atenção de todos e um pequeno grupo se formou no corredor. Iakato, o segurança da casa, apareceu de repente no quarto, separando os dois. Ken estava com o rosto inchado e sangrando, enquanto Saint estava com as mãos machucadas e ensanguentadas. A confusão havia chegado até os ouvidos da senhora Saeueng, pois ela apareceu rapidamente em meu quarto.

— Que confusão é essa? — Questionou senhora Saeueng.

— Como você pode permitir um estupro em sua boate? — Indagou Freen cruzando os braços, enquanto ficava em minha frente, me protegendo.

— Oh! Senhora Chankimha! Que honra tê-la tão cedo aqui! Minha melhor cliente! Não estava acontecendo nenhum estupro aqui, tudo foi bem consensual, inclusive o senhor Chan pagou por esse momento, deve estar tendo algum problema...

— Eu não concordei com isso, senhora Saeueng. — Comentei por trás de Freen.

— Você é uma simples dançarina, não tem poder de escolha aqui dentro, Rebecca! Como estava dizendo, senhora Chankimha, o que aconteceu foi....

Antes que a senhora Saeueng terminasse sua frase, Freen atingiu seu rosto com um forte soco me surpreendendo, assim como o mesmo ocorreu com Saint.

— Minhas mãos! Isso aprecia menos doloroso na minha mente. — Reclamou Freen sentindo as mãos doerem. 

— Senhora Chankimha,  o que a com você?! Venha até o meu escritório. — Ordenou a senhora Saeueng para freen.