A Stacked Deck - Tradução

Capítulo 8 : Ponto de ruptura

Avisos de gatilho: Porsche experimenta alguns sintomas semelhantes ao PTSD, bem como um ataque de pânico. Não sei se isso desencadearia alguém, mas prefiro jogar pelo seguro

...

A escuridão estava felizmente entorpecida, mas não durou muito. As luzes da rua, embora diminuídas pelos vidros escuros do carro, ainda iluminavam o interior do carro. Explosões rápidas de luz laranja e amarela piscaram em suas pálpebras.

Porsche soltou um pequeno gemido. A dor estava voltando lentamente, mas constantemente. Como ondas furiosas quebrando contra um paredão, a dor em sua cabeça latejava e desaparecia, antes de retornar com intensidade crescente.

Porsche acabou esparramado nos bancos de couro do carro, ocupando a maior parte do espaço. Kinn manteve uma pressão firme, mas constante, contra sua têmpora, a toalha que ele estava usando agora encharcada de sangue. Uma luz repentina invadiu o carro, o que de repente mudou a dor de Porsche de "dolorosa" para "esfaqueada". Parecia que alguém estava vasculhando seu cérebro com a ponta de uma faca.

Porsche instintivamente se virou e encostou o rosto no encosto do banco. Um gemido escapou de seus lábios quando o pequeno movimento girou sua cabeça em um feitiço tonto. Viajar de carro com uma consciência espacial instável era uma maneira rápida e segura de revirar o estômago sensível.

"Segure firme." Kinn afirmou enquanto ajustava o braço. Porsche soltou um pequeno ruído de reconhecimento, mas manteve os lábios bem fechados. Cada solavanco e curva que o carro navegava desafiava seu estômago nauseado, e sua cabeça latejando cada vez mais não estava ajudando também.

O preocupante é que Porsche só tinha uma vaga ideia de onde ele estava. Ele estava em um carro. Ele estava ferido. E Kinn estava aqui. A presença de seu namorado era a única coisa que mantinha seu pânico sob controle. Porsche, com esforço significativo, abriu seu único olho e olhou de soslaio para o rosto carrancudo de Kinn.

"Você saiu." Porsche sussurrou. Alívio o inundou quando encontrou os olhos calorosos de Kinn. Os lábios de Kinn se apertaram enquanto seus olhos se estreitaram.

"Sim." Kinn respondeu. "Eu saí. Nós saímos.

"Nós fizemos?" Porsche perguntou, franzindo o nariz em confusão. Seus olhos percorreram preguiçosamente o torso de Kinn.

"Você está vestindo o terno errado." Porsche apontou, sua dor de cabeça aumentando junto com sua confusão. Sua frequência cardíaca começou a acelerar, enquanto sua mente tentava desesperadamente entender o que estava vendo.

"Eu sou?" Kinn disse cuidadosamente.

"Sim. Esse é... esse é o traje errado. Porsche tentou se levantar, mas seus braços eram fracos e pesados, e ele acabou escorregando pelos assentos lisos.

"Fique parado, Porsche." Kinn reiterou. "Você não está fazendo nenhum favor à sua cabeça."

"Minha cabeça? Oh sim." Porsche tateou a toalha úmida contra a testa. "Pensei que fosse na parte de trás."

"Não." Kinn removeu os dedos errantes de Porsche com um aperto suave, mas firme.

— Posso vomitar em você de novo. Porsche alertou. Seu estômago estava revirando novamente, feroz e tóxico. Seus olhos desviaram-se do rosto de Kinn enquanto ele tentava acompanhar seus pensamentos confusos.

Para onde Pete foi? Porsche lembrou que esteve aqui recentemente. Ou era Chay? Seus rostos borraram e se fundiram em sua mente, e estava começando a aborrecê-lo por não conseguir se lembrar.

"Você mencionou isso antes. Não sobrecarregue as poucas células cerebrais que lhe restam, vomitar deve ser a menor das suas preocupações. Kinn aconselhou.