Minha família sempre foi muito unida, mas desde o início, sempre passou por dificuldades financeiras. Meus pais, Débora e Roberto, e minha única irmã mais velha Rosângela, sempre foram muito amorosos comigo. Eu, Soraya, sempre fui uma garota sensível, delicada, e com muitos sonhos e objetivos. Com quinze anos de idade, entrei em uma fase que considero nada fácil, a ADOLESCÊNCIA.
Meu pai trabalhava há vinte anos como carregador em uma empresa de transportes. Com seu esforço, sempre demonstrou ser um homem forte e trabalhador. Ele sempre teve orgulho de exercer essa profissão, pois sempre gostou de ajudar meu avô a carregar compras, caixas e até simples baldes de água ou areia quando era adolescente. Minha irmã começou a trabalhar como caixa em um supermercado. Ela ficou muito feliz por conseguir arrumar um emprego, pois até então não conseguia nenhuma vaga no mercado de trabalho. Minha mãe trabalhava como diarista quando era solteira. Após se casar com meu pai, e dar a luz à minha irmã, ela parou de exercer a profissão para cuidar da filha e da casa.
*****
A semana começou normal como sempre: meu pai e minha irmã foram trabalhar, fui para a escola, e minha mãe ficou cuidando da casa. Quando voltei, percebi que minha mãe não estava muito bem, então, resolvi ver o que estava acontecendo.
— O que foi mãe? Você está bem? —perguntei preocupada.
— Ai filha... Desde a semana passada, estou sentindo muita dor na cabeça. Não sei o que é. — respondeu ela, com muita aflição.
— Ah mãe, você tem que ir para o médico ver isso. — falei.
— Sim filha. Vou hoje fazer os exames de rotina, e assim que eu terminar de fazê-los conversarei com o doutor sobre essa dor.
— Então ta bom. Quer que eu te faça companhia até lá?
— Ai filha gostaria muito. — respondeu ela dando um sorriso significando que estava tudo bem, e que eu não precisava me preocupar com essa dor que a incomodava tanto.
Minha mãe e eu fomos ao hospital. Ela queria ir de transporte público, mas, decidiu pagar um táxi, porque realmente era preciso.
Chegando ao hospital, aguardamos a chamada do médico na sala de espera.
— Então, como foi na escola hoje? — mamãe perguntou.
— Sabia que eu já tenho quinze anos?
— Soraya!... — exclamou ela.
— Estou brincando mãe... — falei rindo. — Até que foi legal. Tirei nove na prova de inglês.
— Ai que bom querida! Estou orgulhosa. — disse ela feliz. — Eu amo muito você viu filha?
— Eu também te amo! — falei, abraçando minha mãe, que tanto me ama, desde o momento em que ela me gerou até o dia em que me colocou ao mundo.
Foi chegada a vez dela. Ela entrou na sala de exames, e eu permaneci na sala de espera. Depois de meia hora, ela saiu da sala e foi ao meu encontro.
— Então mãe, como foi?
— É... Eu fiz os exames, e depois de cinco dias, eu tenho que voltar para pegar o resultado.
— E você falou com ele sobre a dor na cabeça? — perguntei com medo.
— Falei sim. Amanhã eu terei que voltar aqui para fazer o exame de tomografia.
— Hum... — falei com uma voz fria e medonha.
— Que foi? — perguntou ela.
— Nada... — respondi.
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Consequências do Passado - Adaptação Simoraya
Fiksi PenggemarSoraya é uma garota que sempre foi muito amada pela sua família, mas, ela descobre que sua mãe, Débora, precisa fazer uma cirurgia de emergência, e então Soraya toma uma decisão que coloca sua vida em risco, para ajudar seu pai, Roberto, e sua irmã...