Quando te tenho perto de mim, esqueço tudo que já se passou

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NOTAS: Oi, alguém que está lendo. Esse capítulo só tem muita boiolagem, nada de coisas pesadas.
Vou dizer uma coisa: se não fosse a Willow na vida dessas duas, nada ia acontecer kaka
Espero que gostem!
Só um aviso: tá um pouco grande kk eu perdi o controle, essa história praticamente se escreve sozinha.

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Luz e Amity entraram no que parece ser uma rotina confortável.

Nas terças, quintas e sábados, Amity estava entrando pela porta da cafeteria às dez e meia da noite em ponto, pronta para discutir com Luz por insistir em pagar seu café.

"Você vai perder metade do seu salário só pagando meus lanches", ela reclama.

"Caramba, Blight, eu posso não ser tão rica quanto você, mas tenho certeza que posso pagar um café para a garota que estou cortejando', Luz responderia.

Amity iria sorrir, por quê quem diabos fala "cortejar" em pleno século vinte e um? E não importa muito, isso apenas faz com que ela se derreta com o quão adorável a outra é.

"Então você está interessada em mim?", Amity a provocaria de volta, fazendo Luz corar.

"Pare de ser tão convencida, Blight", a dominicana responderia e então as duas iriam fingir que essa discussão nunca aconteceu — embora se repetisse três vezes na semana — e Amity aceitaria o café de graça apenas para que Luz sorrisse para ela, toda orgulhosa.

Não demorou muito para que Luz percebesse o quão destrutiva era a rotina de Amity. Indo dormir depois da meia noite para acordar às cinco da manhã, pulando refeições inteiras e estudando até cochilar em cima dos livros.

Então, como a pessoa gentil que ela é, Luz começou a fazer algo que praticamente mata Amity de vergonha. Ela faz marmitas três dias na semana e as leva para a cafeteria. Logo, ao invés de tomar café com rosquinhas todas as noites para substituir o almoço e a janta — e isso soa terrível e irresponsável até para si mesma — Amity está recebendo uma refeição completa com todos os nutrientes necessários.

Ela protestou no início, quase ameaçando não aparecer mais no estabelecimento, mas Luz estava irredutível.

"Willow e eu sempre fazemos mais comida que o necessário, você está até nos ajudando", ela insistiu. Amity sabe que é mentira, mas aceita mesmo assim. 

Uma coisa que Amity descobriu nos últimos dois meses? Ela simplesmente não consegue negar nada para Luz Noceda. Seja pagar seu próprio café ou recusar marmitas deliciosas, é impossível dizer "não" quando Luz vai lhe lançar aqueles olhinhos tristes. E quem pode culpá-la, afinal?

Amity também tomou conta de mais uma coisinha: ela meio que está totalmente e irrevogavelmente apaixonada por Luz. Ela não sabe quando isso aconteceu, se foi de uma vez só ou aos pouquinhos. A única coisa que interessa agora é que ela sente borboletas no estômago apenas por pensar na outra garota.

É como se a dominicana tivesse montado um acampamento em seu cérebro, em seu coração, e se recusasse a sair. É ridículo. Amity passa o domingo inteiro pensando na terça-feira, que é quando poderá encontrar Luz. E quando finalmente chega a terça, ela não consegue se concentrar nas aulas ou no trabalho, o dia parece se arrastar até às dez horas. E então quando ela finalmente está na cafeteria, as horas parecem escapar como água pelos seus dedos. Três horas de conversa com Luz voam como se fossem três minutos e Amity não sabe lidar com isso.

Amor para a viagem [Lumity]Onde histórias criam vida. Descubra agora