Amor para a viagem [Lumity]

Não duvide do amor que tenho, é imenso e diz tanto de mim

NOTAS: Olha só quem apareceu depois de tantos dias de atraso!
Então, gente, eu pretendia postar ontem, mas aconteceram algumas coisas e acabei ficando sem tempo.
De qualquer modo, volto com mais de 4 mil palavras de MUITA boiolagem brega! Aproveitem e leiam as notas finais, tem uma coisa importante lá!

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Amity faz uma careta quando não consegue desviar de um buraco na estrada, o solavanco do carro fazendo Luz acordar de seu sono tranquilo. A hora no painel marca seis e meia da manhã.

— Está tudo bem, amor. Volte a dormir — Ela diz, mas é tarde demais.

Luz se espreguiça, esticando-se até onde o teto do veículo permite, e então ajusta seu banco para sentar de forma mais ereta.

— Quanto tempo falta? — Ela pergunta, a voz rouca por ter dormido ininterruptamente pelas últimas três horas.

— Uma hora. Pode voltar a cochilar, eu acordo você quando estivermos perto — Amity sugere, mesmo sem esperanças de que Luz vá aceitar a proposta.

— Não estou mais cansada. Você deve estar, nós acordamos tão cedo — Seu tom de voz soa arrependido — Se eu pelo menos soubesse dirigir…

— Eu estou acostumada a dormir pouco, está tudo bem — Amity tenta tranquilizá-la, o que não funciona muito bem — E eu posso te ensinar a dirigir, se você quiser. Quando você aprender o básico, pode tirar a carteira.

Luz solta uma gargalhada incrédula que sobressalta Amity.

— Sem chance! Esse carro custa mais que a minha vida, corazón. Se eu batesse essa coisa em algum lugar, eu teria que vender meus dois rins para consertar.

Amity revira os olhos com diversão.

— Você sabe que eu não me importo com esse tipo de coisa — Ela retruca, e é verdade. Amity cresceu podendo comprar o que tivesse vontade; quando se tem tudo na palma da mão tão facilmente, coisas materiais não importam muito.

— Mas eu me importo. Eu não me perdoaria se destruísse seu carro. 

— Você pretende capotar na primeira aula? — Amity pergunta, bem humorada.

Luz ri.

— Quem sabe? Não estou arriscando.

— Bem, eu posso comprar um para você se esse for o problema. Podemos fazer isso quando voltarmos para Hartford na segunda.

Ela nem precisa virar a cabeça para saber que Luz está lhe encarando com aquele olhar chocado que sempre aparece quando Amity sugere um presente ou bem material que é considerado caro para qualquer outra pessoa que não tenha mais de seis dígitos em sua conta bancária.

— Não — Luz guincha, indignada — Você não vai comprar um carro pra mim, Amity. 

Amity franze a testa, chateada.

— Você sempre recusa meus presentes. Eu nunca posso te dar nada legal.

— Você tem noção do quanto custa um carro, cariño? Eu não estou implicando, eu apenas tenho juízo quando se trata de dinheiro — Luz explica, pacientemente.

— Discutiremos isso depois.

— Não, não há discussão. Você não vai comprar um carro pra mim, ponto final.

Amity abre um sorriso travesso.

— Veremos.

— Eu estou falando sério, Amity. Eu vou ficar muito chateada se você fizer isso pelas minhas costas.