Recém saída da faculdade, Lili se vê enfrentando um grande dilema quando por um descuido acaba engravidando. Sem ter qualquer apoio da família ou do pai da criança, ela decide recomeçar sozinha e planejar uma vida onde possa ser uma boa mãe mesmo qu...
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Me sinto exausta e esgotada, mas com uma sensação de alívio indescritível. É como se tudo em mim estivesse mais do que pronto para esse momento, como se a plena consciência de que eu consegui já me deixasse satisfeita. Estou no quarto do hospital depois de me limpar e ser avaliada por um médico. A enfermeira ao meu lado está terminando de arrumar o pequeno berço onde a Bela vai ficar quando a trazerem do berçário. Pouco depois de ser deixada sozinha, alguém bate à porta e Cole entra acompanhado de outra enfermeira.
— Oi! — ele sorri assim que seus olhos chegam até mim. — Como você está? — vem até mim e segura as minhas mãos.
— Cansada, mas muito bem. — sorrio fraco. — E a Bela?
— Ela é perfeita. Cada pedacinho dela. — há um brilho na forma como ele diz isso.
— Vamos trazê-la logo depois da avaliação pediátrica. — a enfermeira diz. — Mas ela parece ótima. Peso e tamanho adequados, parece uma criança muito saudável.
— Isso é ótimo! — solto um suspiro.
— Eu a vesti. — Cole me conta. — Espero que tenha sido a roupa certa.
— Você a vestiu? — creio que meu coração cresceu um pouco ao imaginar isso. — Colocou uma fralda nela e tudo?
— Sim. — ele ri. — Foi uma experiência e tanto. Espero fazer isso de novo.
— Com certeza. — assinto.
— Ah, isso é ainda mais encantador. — a enfermeira, que eu nem percebi que ainda está no quarto, diz no meio de um suspiro. — Vou dar privacidade a vocês. — caminha até a porta. — Serão uma linda família. — ela acena antes de sair.
— Por que parecia que ela ia apertar as nossas bochechas a qualquer momento? — franzo a testa.
— Bom, aparentemente as enfermeiras daqui amam pais de primeira viagem. — diz de forma divertida. — Tive uma plateia enquanto vestia a Bela.
— Ah, é mesmo? — dou risada. — Não as culpo, também quero ver isso.
— E você vai. — afirma.
— Cole... — começo de um jeito cauteloso.
— Sim?
— As pessoas estão te tratando como um pai desde que chegamos aqui. — desvio o olhar. — E de repente tudo isso parece normal demais. Se você se sentir incomodado ou não quiser que continuem achando isso, a gente pode corrigir e dizer que você não é o pai.
Cole olha para baixo com o semblante sério e pensativo. Fico com medo de ter dito alguma coisa errada, mas eu realmente só estou pensando em como ele se sente com tudo isso. Nunca pedi para ele fazer esse papel e não quero que ele se sinta obrigado a concordar sempre que alguém achar que ele é o pai da minha filha.
