Recém saída da faculdade, Lili se vê enfrentando um grande dilema quando por um descuido acaba engravidando. Sem ter qualquer apoio da família ou do pai da criança, ela decide recomeçar sozinha e planejar uma vida onde possa ser uma boa mãe mesmo qu...
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— A resposta é não. — digo jogando o contrato sobre a mesa depois de lê-lo inteiramente com toda a atenção. — Você continua colocando coisas nas entrelinhas, James, não gosto disso.
— Eu realmente detesto advogados. — ele bufa e rola os olhos. — O quão pouco você se importa com a vida da sua mãe?
— O que!? — pisco incrédulo. — Não acredito que disse isso! — levanto bruscamente da cadeira. — Olha aqui, você não me conhece. Eu faço tudo pela minha mãe, é óbvio, mas não faço coisas estúpidas. Isso aqui... — toco os papéis do contrato com o dedo indicador. — Isso é você querendo usar uma vulnerabilidade minha pra de certa forma me manipular.
— Você está louco. — ele ri com desdém.
— Não tenho como provar, mas você está fazendo isso, mas eu não sou idiota. Já que escolheu se tornar um médico, não deveria tratar a vida de uma pessoa como moeda de troca.
— São negócios, Cole. Eu abri diversas exceções para criar um ótimo plano para a sua mãe, mas ainda preciso garantir meus benefícios. Nenhuma outra empresa cobraria tão pouco para cuidar de uma pessoa com um câncer em estado avançado. Ao invés de ficar me acusando de manipulação você deveria agradecer e aceitar!
Começo a balançar a cabeça negativamente e estou pronto para recusar de novo, mas ele fica de pé também é me interrompe com uma postura mais calma e cautelosa.
— Veja bem, eu entendo tudo o que esses exames querem dizer, conversamos durante quase uma hora sobre o estado de saúde da sua mãe. Você disse que eu repeti o que os médicos dela já disseram, mas eles estão alimentando suas esperanças, estão frustrando vocês sem uma resposta de como vai ser daqui a algumas semanas. Ela vai suportar muita dor, Cole, vai ser uma tortura. Mas não precisa ser. Ela já suportou coisas demais, não acha? — pegou uma caneta e me ofereceu. — Eu garanto que a sua mãe tem grandes chances de de recuperar com a minha ajuda. Mas se não acontecer, ela terá o fim mais tranquilo que alguém pode querer.
Me sinto entre a cruz e a espada. Penso sobre a Lili e o que ela me disse de manhã quando eu saí para vir ao encontro do James.
"Veja-o como o diabo tentando fazer um acordo. Ouça, mas desconfie de tudo."
— Seja honesto comigo, James. — digo derrotado. — O que você ganha? O que você quer? Faremos isso como homens adultos, ok? Nada de ameaças, somente acordos. — engulo em seco antes de dizer a próxima parte. — Dependendo do que você queira... eu posso... posso pensar em fazer.
James gira a caneta entre seus dedos e olha pensativo para mim. Parece estar deliberando sobre se deve me contar a verdade ou continuar tentando me enganar.
— Certo. — solta um suspiro. — Eu fui ver a Lili ontem.
— Eu sei.
— Claro que sabe. — abre um sorriso amargo. — Você está enraizado na vida dela como uma erva daninha, não é?
