Após ser vítima de acusação de um crime há dois anos, Chae Helena acreditava que sua mudança para a capital Seoul fosse seu primeiro passo para uma nova fase da sua vida, de preferência longe de indivíduos destrutivos e sentimentos românticos. Apesa...
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— Pensou que passaria por mim sem me cumprimentar? — sorriu de lado com expressiva diversão, dissemelhante a Jungkook e sua feição sem ânimo. — Nem parece que tivemos contato com as fraldas um do outro quando crianças. Não sou um desconhecido.
— Não foi nada pessoal, apenas concluí que estivesse ocupado — ele se referia a mim apesar de demonstrar desinteresse em quem eu era, nada de me direcionar palavras ou olhares. Calada, observei seus machucados. — Precisa falar comigo?
— Sim. Quero saber se você pode me emprestar seu notebook esse final de semana? A pessoa que está com o meu ainda não me entregou.
— Acho que já está na hora de você pegar com ela, não? Vale se prejudicar por causa de uma garota? — sorriu malicioso, cruzando os braços após colocar a bandeja em cima da mesa.
— Isso não é da sua conta — mostrou um sorriso forçado ao amigo. — Eu busco no seu trabalho, se preferir.
— Essa é a única opção mesmo. Não estou com disposição para me deslocar até a sua casa — disse, presunçoso, uma postura diferente da qual chegara.
— E eu não esperava nenhum favor vindo de você mesmo! — era engraçado o seu bico enquanto recebia uma resposta de Jungkook sobre o empréstimo do notebook ser um grande favor e que não deveria reclamar de sua gentileza. — Você vai para o Kim's Bar esse final de semana?
— Não sei. Tenho muitas peças para costurar e um desenho de roupa modelo executivo para daqui a duas semanas. Meu tempo ficará bem escasso.
— Quanta coisa... Essa professora está querendo criar uma marca de roupas usando a mão de obra de seus alunos por acaso? — seu amigo de vestimenta completamente preta riu, sua voz rouca e suave era bonita. Então ele era capaz de ter esse tipo de expressão... — Posso imaginá-la recolhendo todas as criações e as vendendo em um bazar em frente a própria casa.
— Muitas das peças ficam com seus próprios criadores, sabia?
Park Jimin era um homem peculiar. Falador, tinha boas histórias pra contar, sem um pingo de timidez. A sua aparência me parecia tão incoerente com sua personalidade.
— Eu já estava me esquecendo de apresentar vocês dois. Chae e eu estávamos em uma conversa boa antes de você chegar — seus ombros relaxaram e suas costas deslizaram mais para baixo da cadeira, deixando o tronco curvilíneo. — Você, meu amigo, precisa aumentar mais o seu círculo social. O relacionamento interpessoal tem grande importância na carreira da qual pretende seguir, ainda mais para ter conexões. Eu sei que você consegue.
