Capítulo 7

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Spencer

Após voltar para casa me pego sentado na cama pensando há quanto tempo eu não sabia o que era sentir algo intenso dessa forma por alguém, principalmente depois da Maeve e de tudo o que aconteceu. Tento guardar ela como uma memória boa e não me perder novamente no sentimento horrivel que toma conta de mim quando me lembro do final da história. Li em uma pesquisa que 67% das pessoas agora acreditam que é possível se apaixonar por alguém que você nem conheceu pessoalmente e pode ter sido o que aconteceu com nós, o tempo que tivemos "juntos" foi especial para mim e nunca vou esquecê-la.
Começo a tirar a camisa para ir tomar banho e sinto o cheiro do perfume da Aurora grudado em mim, um cheiro doce como ela, fecho os olhos e me permito lembrar de sua risada, o cheiro de seus cabelos, seu toque na minha pele, seria possível alguém conseguir sentir tantas coisas ao mesmo tempo? Por mais que eu saiba todos os estudos, porcentagens, probabilidades e explicações sobre isso ainda assim eu não sei explicar o que está acontecendo dentro de mim. Sei que não é nada referente ao coração como as pessoas dizem, o coração é apenas um órgão, tudo acontece no cérebro e eu gostaria de entender qual foi a informação que chegou até o meu naquele dia no parque para eu me sentir tão atraído por ela.
Independente de qual seja a informação eu gosto, gosto de como me sinto com ela, de como quando estou com ela não quero mais sair dali e mesmo quando recebo uma simples mensagem é como se o meu dia se iluminasse, como o amanhecer após uma noite escura.
Me lembro de uma frase que li em um livro de citações "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." e nesse exato momento eu estou começando a entender o que realmente essa frase significa. Talvez eu precise conversar com pessoas que tenham mais experiências que eu nesse assunto, pois nem só de pesquisa se vive um homem como a JJ diz. Não sei para onde isso irá me levar, mas espero que não me leve para longe dela.
Enquanto tomo banho minha ficha cai que preciso escolher um restaurante para irmos e esse encontro precisar ser... especial, assim como ela é, e amanhã já sei exatamente para quem perguntar quando se trata de dicas gastronômicas.

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Chegando no trabalho organizo alguns papéis e relatórios enquanto espero o resto da equipe chegar quando vejo Rossi passando pela porta.

- Bom dia Reid! - o italiano sorri me cumprimentando.

- Bom dia! - respondo me levantando. - Rossi, posso falar com você um instante?

- Claro, é particular ou pode ser aqui mesmo? - ele fala parando ao pé da escada.

- Pode ser aqui mesmo, a maioria do pessoal ainda não chegou.

- Então em que posso ajudar meu nerd? - ele vem em minha direção e puxa uma cadeira sentando ao meu lado me fazendo sentar novamente.

- Como você é italiano e conhece a gastronomia de lá, eu gostaria de saber se tem algum restaurante por aqui que você indicaria, com um ambiente mais... agradável.

- Huum, parece que a coisa está ficando séria entre você e a moça misteriosa. - Rossi ergue uma das sobrancelhas e sorri.

- É apenas um jantar, tentamos marcar várias vezes, mas sempre acontecia algo e não conseguíamos nos encontrar.

- Você está falando com a pessoa certa então, mas antes disso quero te perguntar uma coisa. Ela é italiana?

- Sim, não sei muito sobre a família dela, mas o sobrenome dela é italiano! - ele me olha fixamente enquanto falo e já sei o que ele está procurando. - e se você pensa que eu vou te falar o sobrenome dela você está muito enganado David Rossi, eu conheço muito bem todos vocês para saber que na primeira oportunidade que tiverem vocês vão pesquisar quem ela é, então não darei esse gostinho para você.

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