Breaking dawn

Capítulo 6

Spencer

Resolvemos o caso e pedi um dia de folga para Hotch para visitar minha mãe.
Chegando na clínica a equipe que já me conhecia liberou para eu ir até ela na sala de estar.

- Mãe? - ela está sentada em uma poltrona lendo um livro.

- Spencer? Ah filho que bom te ver aqui, você não me avisou que viria. - ela fecha o livro e bate na cadeira ao lado para eu me sentar, dou um beijo nela e me sento.

- Desculpa, vim no sábado bem tarde para trabalhar em um caso aqui então quis fazer uma surpresa.

- Não precisa se desculpar, você sabe que amo quando a surpresa é você. - ela passa a mão em meu rosto - você tem dormido direito? Está com aquela cara de cansado de novo!

- Tenho noites boas e outras nem tanto, mas nada fora do normal não se preocupe. - coloco minha mão em cima da dela - e você como está?

- A mesma coisa de sempre. Tomando remédios e vivendo um dia de cada vez enquanto me lembro disso. - ela solta um sorriso sem graça. Fico feliz pelos remédios estarem funcionando, ela se lembrando de mim já é bem reconfortante - Você está diferente desde a última vez que te vi.

- Como assim? Diferente como? - questiono.

- Você está... mais sorridente! Fazia muito tempo que não te via tão sorridente assim.

- Mas eu sempre sorrio quando estou com a senhora.

- Não, eu conheço seus sorrisos Spencer, eu ainda estou lúcida o suficiente quando o assunto é você.

- Tenho conhecido novas pessoas, só isso. - solto um sorriso por lembrar dela mais uma vez.

- Novas pessoas? - ela cerra os olhos me encarando.

- Nova pessoa!

- Ah, agora sim esses sorrisinhos fazem mais sentido. Você não me falou disso em suas cartas.

- Conheci ela há poucos dias atrás em um dos caso que trabalhamos em Washington, ela não trabalha na minha área nem nada parecido. Nos esbarramos em um dos locais que estavamos procurando pelo descon. e...  - antes que eu pudesse terminar ela me interrompe.

- Ela parece ser especial Spencer! - ela diz olhando em meus olhos.

- Mas você nem conhece ela mãe, como pode dizer isso? - olho para ela com dúvida.

- Eu posso não conhecê-la ainda, mas para você sorrir dessa forma quando se lembra dela com certeza é alguém especial. - ela passa a mão em meu rosto novamente - não perca as oportunidades que a vida te dá para ser feliz Spencer, pare um pouco de pensar só no trabalho e viva um pouco sua vida também, lembra o que conversamos há um tempo atrás? Você é muito mais do que sua mente e seu trabalho ou você ainda acha que nasceu apenas para ser meu filho e trabalhar prendendo esses monstros? Vá ser feliz meu filho, eu desejo que tudo o que eu não vivi você possa viver e muito mais do que isso! - meus olhos se encheram de lágrimas e eu sabia exatamente do que ela estava falando e do quanto aquelas palavras significam pra mim. Eu amo ser filho dessa mulher incrível que mesmo com tudo o que ela passou ela encontra inúmeros jeitos de fazer eu me sentir a melhor pessoa do mundo.

- Obrigado mãe... por tudo! - ela sorri e me abraça.

Após o almoço peguei um voo de volta para Washington, cheguei em casa por volta das cinco da tarde e fui descansar para compensar as noites mal dormidas.

Aurora

Três semanas se passaram e Spencer e eu ainda não havíamos conseguido remarcar nosso encontro, mas para compensar conversamos todos os dias algumas vezes por mensagem e outras por ligação. Toda vez que tentávamos remarcar ele era chamado para um novo caso ou acontecia algum imprevisto comigo, pois eu estava reorganizando minha agenda das aulas de piano que comecei a dar exclusivamente em minha casa por conta da lógica de horário e tempo de viagem. Quando eu não ia na casa do aluno eu tinha que alugar um horario no estúdio onde eu costumava ir e isso estava me deixando exausta, então decidi que seria melhor dar as aulas em casa mesmo e aqueles que não pudessem ir até lá infelizmente não teria como eu continuar dando aula para eles. Mesmo com toda essa loucura ele não deixava de me responder ou perguntar sobre meu dia e isso fazia eu me sentir... feliz.