Contém descrição sexual.
Meia Verdade
— Que merda foi essa, Dália?
— A que se refere, Anúbis?
— Você estava dando em cima de Poseidon, Dália!
Tive de rir e me aproximei enquanto ele pegou minha mão.
— Eu não sou sua propriedade, Anúbis. Sou uma deusa livre e não lhe devo satisfações — toquei em seu peito e ele me olhou incrédulo. — Se te serve de consolo, eu apenas blefei. Acho que você não vai precisar mais da minha presença, não é? — Anúbis agarrou meus dois braços, me fazendo dar um gritinho antes dele me pegar passando os braços por minhas costas e posterior de coxas.
— Dália, você é uma deusa muito rebelde — e assim fomos em direção ao seu palácio. Não pude deixar de rir levinho enquanto ele me falou, olhando seriamente para frente; todos nos olhavam cochichando.
— Anúbis, me coloca no chão. Seus súditos estão comentando — ele me apertou mais em seus braços.
— Saiam — foi a única coisa que pronunciou. Esse deus com ciúmes está se tornando um experimento interessante. Anúbis só parou quando chegamos em seu quarto, onde me deixou na cama.
— Pelo visto, realmente o Egito está seguro — ele me encarou, tirando o manto e deixando o Ankh sobre a cômoda.
— Leia o meu presente, Destino — arqueei minha sobrancelha, me levantando, e ele puxou o meu quadril através do vestido, colando nossos corpos. — Sei que deseja ver o que ocorreu na reunião e, mesmo que eu conte, não será o suficiente. Então, leia o meu tempo — Anúbis se inclinou, selando os lábios no meu pescoço. Sei que não deveria atender seu pedido, que isso pode me custar bem mais do que planejei; entretanto, o deus está coberto de razão. Eu preciso saber o que está acontecendo e confirmar as minhas incertezas. E sendo assim, deslizei minhas mãos pelos braços fortes dele antes de olhar profundamente em seus olhos e finalmente adentrar o seu tempo:
Anúbis olhava entediado para os outros infernais além de recorrer aos pensamentos mais confusos a respeito de Odin.
"Digam-me, cientista, por que ele está aqui?" O desdém de sua voz deixaria Beelzebub irritado a qualquer momento.
"Pelo mesmo motivo que você. Atente-se à reunião, deus dos mortos." Beelzebub está claramente irritado.
— Bom, devemos começar — o imperador se pronunciou. — As contaminações chegaram a níveis alarmantes, de infectar até mesmo humanos. Algo que não deveria ter saído do controle do submundo está vazando pela terra e eu me pergunto como e por quê — pelo timbre de voz, a conversa mais parecia uma ameaça, uma vez que Hades não permite ser desafiado.
O olhar do rei foi de encontro ao do único cientista que permanece ao seu lado e Beelzebub se levantou:
— Em meus experimentos, concluí que tudo desencadeou através de uma das criaturas presas em Helheim e, a pedido do imperador, verifiquei pessoalmente. Não encontrei duas ninfas corrompidas e Fenrir; minhas gárgulas estão à procura do lobo...
— Assim como Thor o aguarda para pôr um ponto final nisso — as palavras saíram do corvo branco e depois Odin respirou intensamente como se soubesse de algo a mais, e os corvos que se apoiam em seus ombros não disseram mais nada. Até mesmo Zeus estava quieto.
Ao meu ver, essa reunião não passou de um experimento para averiguar a percepção dos deuses ali selecionados. Meu cunhado parecia ter os submetido a um jogo ao qual nenhum deles tinha a intenção de perder. Me afastei de Anúbis, respirando fundo, sentindo minha cabeça doer um pouco. Preciso falar com Beelzebub, talvez eu saiba exatamente o que está acontecendo. Só preciso visitar um certo deus e seus corvos. Enquanto massageava minhas têmporas, as mãos de Anúbis automaticamente seguraram minha cintura, me tirando do chão e me carregando para o quarto como se eu fosse uma espécie de noiva.
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Destiny | Beelzebub (EM REVISÃO)
FantasíaCONCLUÍDA Não é sobre uma 'história de amor' e sim de imprudência e da consequência gerada por seus atos. Onde a Destino descobrirá o peso de suas manipulações, ou, aquela onde Beelzebub aprende a lidar com a própria liberdade enquanto detém suas o...