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Mas uma noite fria passada por Louis no "Doncaster Orphanage". Ha anos ele está ali, abandonado, confuso e sem ter pra onde ir. Toda noite ele chora por não saber de sua família, de onde veio ou até mesmo de sua mãe, apenas sabe seu primeiro nome pôs estava escrito em sua cesta na noite que foi deixado.

Amanhã ele fará 16 anos, de acordo com o dia em que foi abandonado, e está noite não fora diferente das outras. Foi pior. Deitado em sua parte da beliche, a qual dividia com seu único amigo Liam, Louis não conseguia conter as lágrimas que desciam de seu rosto. Liam escutava os soluços do menino, mas tinha medo de falar com ele pôs sabia que ele não poderia ajudá-lo mesmo que quisesse.

Passou-se a noite, seu rosto ainda estava úmido de lagrimas e da chuva que escorria pelas goteiras acima de sua cama. Assim que desceu, encontrou um Liam pensativo em seu colchão com uma calça de moletom velha e uma blusa preta que, aparentemente, pertencia às doações que receberam semana passada de um casal simpático.

-O que te incomoda, querido?- Louis o perguntou com cara de dúvida e Liam deu um sorriso de lado para Louis, ele amava o modo doce como o amigo o tratava.

-Eu estou bem...- Ele se levantou e deu um passo em direção ao amigo- Só estou preocupado com você.- Louis o abraçou forte sentindo as mãos frias de Liam apertar a fina cintura dele e o puxá-lo mais para seu corpo.

-Não se preocupe comigo. Eu vou ficar bem!- Louis disse soltando-se do abraço e sorrindo fraco para o amigo que ainda duvidava de suas palavras. Ele saiu e se dirigiu ao pequeno banheiro no corredor de seu quarto, que continha uma fila enorme, mas ele deveria a enfrentá-la como faz toda manhã para fazer sua higiene matinal.

Enquanto Louis se arrumava para mais um café da manhã junto aos outros órfãos, Liam foi chamado por uma das voluntárias, ela havia sido mandada pela diretora do orfanato para que levasse o menino a diretoria para um comunicado importante.

Chegando na sala, com paredes revestidas pela tinta branca que continham um quadro médio o qual tinha o, aparentemente, diploma da mulher e uma frase ao lado: "Educar e criar" e com seus pisos de madeira que rangiam a cada passo que Liam dava em direção à mesa retangular da Diretora, o menino sentiu um tremendo frio na barriga lembrando de cada coisa que fizera no local naquela semana, falhando em achar algum erro cometido.

-Bom, o senhor deve estar se perguntando o por quê se eu ter lhe chamado. -A diretora que antes estava sentada olhando para seus papéis agora encarava o menino confuso. -Hoje é o aniversário de 16 anos de Louis, e, a uma semana atrás um casal veio aqui na intenção de adotar alguém.

"Eles ficaram durante horas perambulando pelo orfanato a preocupa de um novo membro que completasse a família deles, e Louis, por sua vez, teve a sorte de chamar a atenção deles.

"Eles são de uma família riquíssima, e contém apenas um casal de filhos, sendo que um deles já está fora de casa. Fazendo com que o outro, o pequeno Harry, se sinta sozinho.

-Okay, mas... o que eu tenho haver com isso? -Liam disse inserto de suas palavras, com medo de que a diretora lançasse um olhar de reprovação a ele, porem, a mesma apenas lhe lançou um pequeno sorriso que durará alguns segundos.

-Você, senhor Liam, conhece Louis a anos. Preciso que me ajude a dar dicas a eles de como conquistá-lo. - A diretora disse em um tom alto e claro se levantando e observando o menino que exalava medo diante dela.

-Okay então. -Foram suas últimas palavras antes de se dirigir à porta ouvindo o sinal que batia indicando o café da manhã.

[...]

Mas uma manhã tediante para o pequeno Harry, que se encontrava deitado em sua cama sem a menor vontade de encostar na bandeja com várias opções de café que lhe fora servida por sua empregada, Matilda. Com seu pequeno gafo, remexia no bolo que para qualquer um pareceria incrivelmente gostoso, mas para Harry, era apenas mais uma das inúmeras coisas que lhe eram servidas todos os dias.

Ao ouvir uma batida na porta, raciocinara que deveria ser Matilda vindo buscar a bandeja, então apenas disse "pode entrar" que sairá baixo mas fora o suficiente para que a mulher entrasse e desmanchasse seu sorriso ao ver a bandeira ainda cheia.

-Harry... - A mulher entrou no cômodo com uma expressão triste e se sentou sobre a cama para falar com o menino. - Você não come direito a dias... só almoça e come besteira... o que está acontecendo contigo querido? -O menino soltou um suspiro longo e tentou dizer algo mas não encontrava as palavras, apenas abria a boca e fechava.

-Eu não sei. -Disse enfim -Eu sempre achei que seria uma maravilha quando Gemma saísse de casa, mas agora... -ele suspirou novamente sentindo seus olhos marejarem- Parece que eu não tenho mais ninguém. - Disse em tom bem baixo que Matilda demorou um tempo para compreendê-lo, tempo o qual ela viu uma lágrima gorda descer de seu olhos esquerdo.

-Não chore querido! -Agora ela se encontrava abraçando o menino que deixará as lágrimas cair sobre o avental da mulher -As coisas vão melhorar... Acredite! -Ela disse soltando-se do menino, ele apenas assentiu e Matilda se levantou recolhendo a bandeja e deixando o menino que agora chorava incontrolavelmente em seu travesseiro.

O órfão (l.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora