End.

2.3K 214 141
                                    

-Mãe? -Harry chamou pela mulher enquanto entrava novamente em casa. -Eu voltei!

-Ai meu filho... -A mulher correu em sua direção, ela estava completamente desesperada e suas lágrimas estavam descendo descontroladamente de seus olhos. -Onde você estava? Quem era aquele men-

-Mãe,-Tentou ganhar sua atenção, conseguindo e limpando as lágrimas dela para que a mesma pudesse vê-lo melhor. -Precisamos conversar.

Naquele momento passou pela mente de Anne milhares de possibilidades, milhares de erros e milhares de outras coisa inexplicáveis que ela já deixou de fazer pelo próprio filho; ela estava com medo de saber qual era o assunto da conversa, mas isso não a impediu de ir com o filho até o sofá, longe de Des, que no momento estava terminando de tomar seu café-da-manhã para ir ao trabalho, e até mesmo longe de Matilda, que agora limpava o quarto do casal.

-Pode falar filho. -Anne iniciou, ela viu a tenção dos olhos do menor, ela sabia que o assunto era realmente sério.

-Eu quero morar com Louis! -Disse de uma vez, deixando a mulher assustada, mas acima de tudo pensativa.

-Por que? -Perguntou, ela não via nenhum problema em morar ali e não via nenhuma vantagem em morar com Louis.

-Mãe... Eu estou apaixo-

-Fale baixo Harry! -Advertiu-o, ela sabe que Des poderia aparecer ali a qualquer momento, e sabia o que ele poderia fazer se ouvisse Harry falar aquilo. -Você sabe que seu pai não gosta dessas coisas.

-"Dessas coisas?" -Agora foi Harry quem advertiu, ele estava completamente puto com o que ela disse. -Sabe mãe, são essas coisas que me fazem feliz, essas coisas que me fazem querer acordar de manhã e viver, essas coisas, ou melhor, essa coisa,-Ela chamou sua atenção pra que ele falasse mais baixo, e ele respeitou isso já que não queria levar surrasse seu pai. -se chama Louis Tomlinson, e eu não aguente viver mais nenhum segundo em um lugar que trate o nosso amor como uma "coisa".

A mulher ficou surpresa, seu filho nunca havia falado desse jeito com ela, mesmo que tenha falado baixo, a grosseria embutida em sua voz e seus olhos demostravam o quão ele estava realmente enojado com tudo isso.

-E o que você quer que eu faça? -Perguntou sarcástica. -Quer que eu chegue no seu pai e fale "Ei, seu filho se mandou daqui por que ele gosta de dar o cu e sabia muito bem que você não ia gostar disso!"

-Gostar de que? -Dês apareceu pela sala, visualizou o menino, e pelo modo como os dois haviam murchado em sua presença, resolveu esquecer a pergunta e se retirar.

-Viu! -Anne realmente estava afim de provocar Harry. -Além do mais, você só tem 15 anos, você não pode arranjar um emprego, e eu posso ser presa por deixar você morar sozinho.

-Essa é a questão, -Começou novamente, ele estava muito afim de convencer a mulher. -Se você me der uma pensão até eu fizer 18, Louis está trabalhando em uma empresa com um amigo novo dele, então não precisa ser muita coisa só o suficiente pra que ninguém ache que você me abandonou.

-E você acha que eu vou concordar com essa putaria?! -Agora Harry havia passado de todos os limites para Anne, além de querer ir embora ele ainda queria dinheiro.

-Acho! -Ok, Anne não esperava por essa resposta. -Por que você não gosta do Des de verdade, por que você faria de tudo pra poder amar quem quisesse, e por que você não vai querer estragar a chance de seu filho de fazer aquilo que você não pode fazer!

Anne suspirou fundo, ele estava certo, então ela abraçou o menino e disse em seu ouvido "Vou dar um jeito de falar com ele!", e realmente ela daria um jeito, afinal, tudo pelo querido filho!

O órfão (l.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora