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-Olá, Zayn está? -Louis perguntou esperançoso assim que a mulher abriu a porta.

Ele não sabia ao certo o porquê de estar fazendo tais coisas, mas ele só queria poder ajudar o irmão, e talvez até conseguir um laço de amizade maior com ele. E, no momento, ir a casa de Zayn era a melhor opção pra ele.

-Sim, ele está. E o senhor é? -A mulher o perguntava curiosa, obviamente ela não deixaria um qualquer entrar na casa.

-Sou Louis... -Abri um sorriso simpático que não foi retribuído. -Ér... sou o novo irmão de Harry...

-Ah, sim! -Ela retribuiu o sorriso. -Pode entrar!

"Se eu soubesse que era só falar de Harry não teria nem dito meu nome." Louis pensou.

A casa era tão grande por dentro quanto aparentava por fora. Móveis rústicos com um toque atual se espalhavam pelo local dando a casa um ar natural e moderno ao mesmo tempo.

Após um tempo sentado no sofá da sala, Louis pode ver um menino bem magro e pálido usando roupas pretas e com uma cara nada amigável entrar na sala e sentar-se ao lado dele

-Você é-

-Quem é você? -Zayn cortou-o deixando-o assustado pela sequidão em suas palavras.

-Eu sou Louis e-

-O que está fazendo aqui?- Cortou-o novamente, Louis já estava se cansando disso.

-Eu vim pedir ajuda? -Louis respondeu-o, sua afirmação soava mais como uma pergunta o que fez com que o próprio franzisse o cenho para tais palavras.

-E por que eu deveria ajudar você? -Louis abriu a boca para falar porém foi cortado pela 3º vez ao dia antes mesmo de citar algo.- Por que eu deveria ajudar alguém que está tentando roubar meu melhor amigo?

-Por-

-Saiba que eu sempre vou ser o primeiro. -Disse por fim o cortando novamente e saindo da sala deixando o menino sozinho.

Louis saiu sem entender o que ele quis dizer com "primeiro" mas decidiu ignorar seus pensamentos como sempre e ir pra sala de música tentar achar alguma solução.

[...]

-Por favor irmã, me diga que eu estou errado. -Harry implorava a irmã, mesmo sabendo que ela estava certa em concordar com ele, ele não queria aceitar isso.

-Meu amor! -Gemma gritava, já não aguentava mais repetir a mesma coisa. -Ninguém erra em amar.

-Então eu não errei em amar Zayn? - Harry se considerava imbatível com essa resposta, afinal, sua irmã nunca gostou de Zayn.

-Não. -Antes que Gemma fosse respondê-lo sua mulher falou primeiro. -O problema foi que você amou demais, sem ao menos se amar primeiro.

Isso.

Isso foi o necessário para que Harry sentisse todas as mágoas de amores passados sentidas por ele voltarem.

Como se um sentimento ruim tivesse o dominando.

Louis.

Zayn.

Afinal, o que é certo e o que é errado?

É errado estar se apaixonando pelo seu próprio irmão?

É errado amar sem ser correspondido?

É errado querer ser feliz?

Talvez, para Harry não fosse errado.

Talvez para Louis fosse aceitavel.

Mas para os pais de Harry? Esse era o pior dos absurdos!

Harry sentiu uma vibração em seu celular, e antes de terminar com seus pensamentos e dar uma resposta à sua cunhada, foi olhá-la.

>>> 2 mensagens não lidas >>>

(12:30 18/04)

Não mande meu substituto vir aqui falar por você. Fale por si mesmo!

-Z falsiane

(14:55 18/04)

Estou com saudades, irmão. :)

-Louis

Harry não sabia o que sentir naquele momento. Suas emoções misturadas, raivar e amor, faziam tudo ficar mais complicado. E antes mesmo que ele pudesse dizer algo sobre aquilo o motorista começou a buzinar, para, provavelmente, levar Harry de volta a casa.

-Tchau irmã. -Ele disse enquanto pegava a pequena mala que estava ao seu lado na poltrona. -Tchau cunhada. -Falou ao abrir a porta e saiu antes de poder ouvir um "Tchau Harry" em uníssono.

[...]

Louis dava a última ajeitada na sala de música, dessa vez ele não queria ser pego e muito menos descoberto depois. Assim que viu tudo estar arrumado trancou a porta e colocou a chave na bancada ao lado de Matilda onde a mulher comia um pedaço de bolo que aparentemente estava delicioso.

-Posso comer? -Mesmo que Louis soubesse a resposta ele preferia ser educado como sempre.

-Claro que sim querido. -A mulher tirou sua atenção do bolo que comia para respondê-lo. -Sente-se.

Louis sentou-se em uma cadeira próxima a Matilda e levou consigo um pedaço de bolo junto a uma xícara de café com leite.

O silencio tomava conta da cozinha, nenhum dos dois falava algo, muito menos citava sobre a chave. O único barulho que se ouvia era das bocas mastigando a massa do bolo e, as vezes, da bebida sendo levada aos lábios de ambos.

O silêncio foi quebrado com o barulho da porta da sala se abrindo. Matilda rapidamente guardou a chave em seu bolso e Louis foi caminhando em direção ao quarto, até que sentiu mãos fortes puxarem-no para o próprio local ao qual ele se dirigia.

Ao chegar no quarto, Harry jogou Louis na cama e trancou a porta rapidamente.

-O que você fez?

O órfão (l.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora