『Chapter 006』

40 4 0
                                    

『Chapter 006 - Rosinante & Doflamingo

[19 anos antes - Alemanha]

No dia seguinte, Rosinante acordou suando levemente, debaixo de vários edredons, trajando apenas uma cueca azul marinho, a dor de cabeça intensa fazia seus neurônios latejarem e pulsarem, odiava essa merda após fumar.

A boca ainda estava seca, e o nariz ainda dava indícios da sua rinite, a barriga roncou alto, denunciando sua fome.

Ouviu uma porta se abrir, dando de cara com o ruivo do dia anterior. Dia anterior. Puta merda. Havia dormido a tarde toda, e via o sol nascer pela janela de vidro.

—Que bom que acordou, já ia te acordar. Devia se arrumar, temos aula daqui a uma hora e meia, e precisamos tomar café da manhã.

A voz do ruivo era calma, e serena, enquanto ele dava um nó no cadarço do tênis que usava.

Rosinante apenas concordou, levantando meio cambaleando, e indo até o banheiro fazer sua rotina normal, com a maleta de higiene em mãos, não havia sequer desfeito as malas. Havia passado o dia, de sua chagada ali, inteiro dormindo ou chapado.

Notando que lembrava vagamente do que havia feito no dia anterior, suspirou irritado, vendo o moletom usado no chão, aos pés da cama. Tirou a caixinha dali, e guardou numa das gavetas da escrivaninha que tinha ao lado da sua cama.

Após tomar um banho lento, se olhou no espelho, notando que os olhos ainda estavam meio vermelhos, logo, pingou um pouco de colírio nos mesmo e bagunçou os próprios fios coloridos, a raiz já estava preta novamente.

Vestiu uma calça jeans, uma camisa e um moletom largo, ambas as peças da cor preta. Calçou os tênis, e saiu rumo ao refeitório — sabendo que iria se perder no caminho.

Lentamente, Rosinante andava no corredor meio vazio, tinham poucos alunos ali. Olhava os próprios pés, não dando muita atenção a ninguém, sempre fora quieto, a única coisa que falava na antiga escola era “presente” ou respondia alguma pergunta feita pelo professor.

Esbarrou em alguém, não se dando ao trabalho de levantar o olhar, ainda sentia uma dor de cabeça chata, e pouca paciência tinha quando estava com dores.

—Olha por onde anda – comentou monótono, a voz era grave, e o cheiro era alfa

Rosinante concordou, dando dois passos para longe do alfa, mas sentindo seu braço ser puxado com força e suas costas baterem contra a parede do corredor.

Gemeu dolorido, batendo a cabeça com um pouco de força contra o cimento liso. Abriu os olhos — que se pressionaram, pelo impacto — podendo vislumbrar um alfa loiro, com feições duramente sérias. O nariz torcido em desgosto e uma careta leve não passou despercebida pelo menor, que franziu o cenho.

Era ele quem estava sendo pressionado contra a parede, e era aquele alfa que tinha feição de desgosto?

—Você cheira a drogas. – Rosinante arregalou levemente os olhos, olhando ao redor, confirmando que ninguém havia ouvido a fala – esse cheiro é forte e nojento, você se drogou na escola?

Corazon tapou a boca do alfa com a própria mão, o olhando raivoso, o alfa era loiro, um loiro um pouco mais escuro que o loiro que pintava metade de suas madeixas.

Olhou em volta, notando que algumas garotas que passavam ali encararam a cena enciumadas. Sussurrando alguma coisa uma para a outra, olhando o ômega masculino de cima a baixo.

—Cala a boca! – foi literalmente a primeira frase que dissera no dia, e estava carregada de uma raiva contida – quer um microfone para avisar a escola toda, idiota? – debochou, sentindo as mãos contra sua cintura e logo uma porta se fechando, haviam entrado numa sala vazia, parecia um laboratório

𝐂𝐡𝐨𝐢𝐜𝐞𝐬, 𝗢𝗡𝗘 𝗣𝗜𝗘𝗖𝗘 𝗔𝗨Onde histórias criam vida. Descubra agora