Capítulo Quarenta e Seis

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Faz dois dias que perdi meu bebezinho e durante esse tempo passei o meu luto no quarto, não comi e não sai para nada e nem quis ver ninguém

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Faz dois dias que perdi meu bebezinho e durante esse tempo passei o meu luto no quarto, não comi e não sai para nada e nem quis ver ninguém.

A única pessoa que entra no meu quarto além do Ralph é o Carlisle nem ele eu queria por perto, mas o lado médico dele fala mais alto.

Mas hoje eu resolvi que vou sair de casa, ir a algum lugar e respirar um pouco de ar puro.

Ralph está dormindo ao meu lado, ele tem sido tão legal comigo nesses últimos dois dias, mesmo ele estando com um vazio como o meu dentro dele.

Por um lado me sinto mal e posso ser até egoísta por sair assim, mas sinto que preciso ver outras coisas, outros rostos para tirar esses pensamentos de dentro de mim.

Me levanto e visto minha calça de couro e uma regata preta, coloco por cima a minha jaqueta e calço minhas botas colocando duas pequenas facas nelas as escondendo.

Sei que não preciso disso, mas é um maldito costume, faço um rabo de cavalo no meu cabelo pegando a chave do carro e dou um beijo na bochecha de Ralph indo em direção à porta.

No andar debaixo, Carlisle e Esme estão sentados conversando, eles me olham e se levantam e eu sigo na direção deles.

— Oi querida — Esme me olha e eu a abraço. — Que bom que você saiu do quarto.

Me afasto dela e abraço o meu tio.

— Eu vou dar uma volta — digo ao me afastar do meu tio. — Vou até a cidade ou até a minha outra casa só para respirar um ar diferente.

— Tem uma casa na cidade se você quiser — falou Carlisle.

— Pegue a chave para ela querido — Esme disse e Carlisle saiu.

— Se o Ralph acordar diga que fui dar uma volta e que caso eu não volte é porque resolvi ficar na mansão da cidade, peça para não ir atrás de mim.

— Claro, querida — Esme falou e Carlisle chegou e me entregou a chave.

— Obrigada — digo pegando a chave e vou em direção à porta.

Meu destino é a cidade, me sento em algum banco de uma pequena praça em frente a uma lanchonete.

É horrível a sensação de perda, é agonizante esse sofrimento de perder porque você matou o seu filho pequeno, um ser gerado em um momento cheio de amor e de sentimentos profundos.

Deslizo minha mão até a minha barriga e me sinto em um grande buraco escuro apertado e começo a chorar.

— Winda?

Olho para o lado esquerdo e vejo Charlie, eu me levanto e limpo meu rosto.

— Charlie — tento esboçar um sorriso. — Como vai?

— Eu estou bem, mas você não parece estar nada bem — disse ele.

— Não estou — digo e começo a chorar de novo.

Winda: A Caçadora (Série: Caçadores E Deuses) LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora