ʳᵉᵉᶜᵒⁿᵗʳᵒ ᵖ²

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Acordei quando já era de noite, ainda estava abraçada com Karen, mas Kenny havia saído do quarto. Não lembro a última vez que dormi tão bem em tanto tempo de minha vida, a companhia dos irmãos McCormick me fizeram bem, até. Me levantei, ficando sentada na cama e bocejando enquanto eu me espreguiçava com cuidado para não acordar a morena mais nova que ainda dormia. Ela abraçou as próprias mãos, após eu tirar meu braço dali. Sorri vendo a cena, Karen era um doce de criança, eu sentia dó sabendo oque uma garotinha tão pequena havia sofrido em tão pouco tempo.

Quando saí do quarto, notei Kenny estar na sala, sem o moletom. Em vez disso, ele usava apenas uma antiga camisa branca que havia usado com Cartman, é incrível que ainda caiba nele. Ele notou a minha presença e acenou para mim, dando batidinhas ao seu lado, indicando que era para eu sentar ao lado dele. Assim eu fiz, me sentando ao lado dele e notando que ele me encarava com esperança.

— Eu não esperava a sua visita hoje, S/N. — Ele falou baixo. — Se eu soubesse que viria, eu combinava com Kevin para ficar com Karen. 

— Não se importe comigo, Ken. — Ela encarou suas mãos, tentando criar coragem de tomar a iniciativa de recriar aquele mesmo vínculo. — Então... Tudo bem com você? — Perguntou, se arrependendo depios. Kenny havia perdido sua mãe, não era nada gentíl fazer aquela pergunta a ele. — Desculpe...

— Não tem problemas. — Abaixou a cabeça. — Eu sinto saudade dela. — Deu uma pausa, olhando para você. — Cê' sabe, minha mãe. — Ela assentiu. — Muitos acham que é o meu pai o assassino, mas eu não sei ao certo, eu saberia caso fosse ele. 

— E quem... — Você olhou para ele, notando seus olhos azuis em si. Quase esqueceu oque ia falar. — Quem você acha que foi?

— Gerald... — Ele suspirou antes de terminar a fala. — Gerald Broflosviski. 

— O pai do Kyle? — Kenny assentiu, mexendo seus polegares de modo nervoso. — Depois da era do "caça ás putas", S/N não teria tanta dificuldade de acreditar, mesmo assim, nunca desconfiaria do Gerald, afinal ele é pai do Kyle, um dos seus melhores amigos. Seria rude de sua parte. — Porque, Ken? 

— Sabe, S/N, você é incrível, além de ser bem atraente. — Ela corou e desviou o olhar do mesmo, se sentindo envergonhada. — Eu ainda gosto de você, sabia? — Ela negou. — Então você sabe agora. — Ele deu uma pausa e se levantou. — Eu confio em você, mas por favor, não conte ao Kyle. Não ainda. 

— Não contarei, prometo. — Você viu Kenny se abaixar, se aproximando de seu rosto, sentindo que estavam próximos. Você notou que o loiro não tinha nenhuma intensão, parecia esperar você se selar, como se fosse um acordo dos dois. Você reuniu toda a sua coragem, dando um beijo rápido nele. Quando ia sair, ele segurou sua bochecha, forçando você a continuar o beijo. 

Ele pediu a passagem com a língua e você concedeu, sentindo a saliva quente de Kenny se espalhar pelo céu da sua boca, atigindo até mesmo a parte de baixo de sua língua. Você tentava retribuir de mesmo modo, no entando, como ele, ninguém fazia. Parecia experiente no que fazia. S/N saiu do beijo após alguns minutos no contato.

Você o encarou, pasma. 

Corou. Ele sabia como fazer você se envergonha. 

Kenny sentou do seu lado, novamente, pegando suas mãos e olhando em sua face, como se não se importasse com nada além disso. Ele suspirou fundo, fechando os olhos durante o processo, retornando o olhar para você quando terminou. Começou a falar:

— Dias antes de minha mãe ser encontrada morta, meu pai e o Gerald brigaram. Isso, porque Sheilla e meu pai desconfiavam de uma traição vinda por parte deles. — Você abriu a boca em um perfeito "O", seria falta de respeito falar que é um babado forte? — Minha mãe não tinha feito, nada eu sabia que não, mas meu pai decidiu deixa-la e sumir. 

— E ele fez isso? — Kenny assentiu.

— Fez. Meu pai é um merda, você sabe disso, mesmo assim, justiça é justiça. — Você concordou com ele no momento em que ele terminou a frase, ele engoliu o choro que quase saia e continuou. — Ele sumiu antes de minha mãe morrer. Karen estava com Kevin no parque e eu estava aqui sozinho mesmo. Eu lembro de ter ouvido passos e gritos, depois disso, só encontrei minha mãe morta no chão.

— Caralho, Kenny... — Foi a única coisa que conseguiu comentar. — Eu... Eu sinto muito, cara... Poha, que merda... — As palavram saíam de sua boca sem que você percebesse até unir um combo de xingamentos.

Kenny queria pedir um abraço seu, mas não conseguia. Se sentia fraco, emotivo, sem rumo e ilógico. Não estava sendo o Kenny de sempre, por mais que quisesse ser, ele queria carinho. Ele precisava de carinho. Precisava.

— Kenny, olhe... — S/N se aproximou dele, se sentando entre suas pernas e lhe abraçando. — Eu acredito em você e vou ficar com você sempre que quiser, você sabe disso. — Ele assentiu. Você sentiu seu moletom ficar úmido. Aperto ainda mais o abraço. Kenny estava chorando.

As lágrimas salgadas e sem rumo, batiam nas bochechas brancas do loiro e caíam sobre seu moletom [cor]. Você não ligava, queria que ele chorasse à vontade, ele precisava do próprio espaço, mas ao mesmo tempo, ele também nescessitava de carinho e consolo. Ter seu abraço era tudo que ele mais queria. Kenny te amava loucamente. 

Nem você sabia como retibuir aquele amor.

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Tô pensando em fazer um hot deles dois, oque ochês acham?

「 𝐑𝐄𝐓𝐎𝐑𝐍𝐎 」, kenny mccormickOnde histórias criam vida. Descubra agora