「 𝐑𝐄𝐓𝐎𝐑𝐍𝐎 」, kenny mccormick

ʳᵉᵉⁿᶜᵒⁿᵗʳᵒ

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S/N caminhava sobre a cidade, cabisbaixa, com medo que alguém a reconheça e comece uma longa conversa com ela, enquanto ela apenas queria sumir e reencontrar Kenny, abraça-lo e dizer o quanto ele importava pra ela, o quanto ela sentia falta dele, o quanto ele era lindo e ao mesmo tempo fofinho. 

Sorriu e corou ao se lembrar do primeiro beijo que vocês deram, onde você estava magoada por ter brigado com seu pai e ele a abraçou, lhe confortando. Você se sentiu segura o suficiente para tirar seu capuz e lhe dar um pequeno beijo na bochecha. Ele, por sua vez, sorriu e beijou seus lábios rapidamente. 

Era uma boa memória. 

Você adorava quando se lembrava dela. 

Balançou a cabeça quando notou que havia chegado ao local, que era sujo, cheio de ratos e quebrado, parecia abandonado se alguém olhasse de longe. Você suspirou, ajeitando sua boina [cor] e seu moletom em seguida. Caminhou até a entrada, batendo na porta três vezes seguidas. A porta se abriu.

Era ele... 

Era Kenny...

Você sentiu lágrimas se formarem em seus olhos quando viu os cabelos loiros e bagunçados dele sem o capuz, você sentiu vontade de abraça-lo, mas sentia que era cedo de mais para isso. Bom, apenas você sentia isso, já que Kenny lhe abraçou com força e começou a chorar em seu ombro. Não como Tweek, que havia chorado de felicidade, Kenny chorava de saudade, de tristeza, de medo de abandono. 

Você permitiu ele tocar em você, sem nem se preocupar, já que confiava nele. O mesmo lhe soltou e lhe abraçou novamente, perguntando várias vezes se era você mesmo, o porque de ter ido e o porque de não querer manter contato nem mesmo com ele. Vê-lo chorar daquela forma quebrou seu coração. E ali você fez uma promessa a si mesma: Nunca mais sairia de South Park. Nunca mais.

— Ken, você está tão lindo quanto antes... — Falou criando coragem e beijando a bochecha do loiro a sua frente. Era como se estivesse recriando a cena do primeiro beijo de vocês. Ele sorriu e lhe beijou. Mas não foi um beijo rápido, foi lento, cheio de saudade e amor. Não demorou para a falta de ar chegou e apesar de lutar contra ela, você teve que parar o beijo. 

Você o abraçou novamente, sentindo o mesmo lhe envolver em sua cintura, querendo que você não saísse de maneira alguma daquele local — e você também não iria de modo algum. Quando se soltou dele após longos minutos, ele lhe convidou para entrar e você aceitou, notando que no canto da casa se encontrava Karen, sentada de joelhos para cima com um urso nas mãos. Você sorriu.

Caminhou até a mesma que só notou sua prensença quando você se agaichou perto dela. Ela tombou a cabeça, estava tentando se lembrar de onde conhecia você e então você usou dois dos seus dedos para "roubar seu nariz" como vocês brincavam. Ela adorava aquela brincadeira e logo se lembrou de você quando fez o jogo novamente. 

— Quanto tempo, Karen... — Riu, acariciando sua cabeça. — Lembra de mim? 

— Sim... — Você sentiu um aperto no coração ao ver que ela falava baixo, como se faltasse voz após chorar tanto. — Você é a Rosk...

Sim, Rosk, era assim que ela lhe chamava. Isso, porque quando você ia dormir na casa de Kenny, você sempre fazia rosquinhas para o trio de irmãos, que a apelidaram de Rosk, a rainha das rosquinhas. Era fofo da parte deles, você adorou o apelido tanto quanto eles e não se importou nem um pouco em ser chamada daquela forma.

— É.. — Riu da mesma. — Eu sou a Rosk, mas não trouxe rosquinhas para você hoje, Karen, me perdoe. — Se sentou em frente a ela, notando que Kenny se sentou ao seu lado, segurando seu braço e usando de apoio para dormir, parecia bem cansado. — No entando, eu posso ir lá em casa e pegar uns trocados pra gente dar um rolê, oque cê' acha?

— Não sei.. — Karen deu um nó na garganta e suspirou fundo. — Eu estou meio triste esses dias, S/N. 

— É, eu sei.. — Kenny se levantou, erguendo uma sobrancelha, claramente querendo saber quem havia contado. S/N segurou uma de suas mãos e deitou ele em seu ombro novamente. — O passarinho me contou... — Pelo jeito que ela falou, deu para saber que era de Stan e Kyle que ela estava falando.

Karen deixou sua pelucia e abraçou S/N, se sentando em seu colo e colocando sua cabeça no seu peito, a menina conseguiu ouvir que ela estava fungando baixo. Ela retribuiu o abraço, acariciando seu cabelo enquanto, dava um beijo na cabeça de Kenny. Ambos se sentiam mais seguros com a presença da [cor do cabelo] e ela não estava diferente deles.

S/N se levantou, caminhando para o quarto de Kenny, ainda com Karen em seu colo. Ela fechou as cortinas e se sentou na cama do loiro que não se importou com as ações. Ela se sentou na cama de Kenny, deitando devagar para não assustar a criança que se encontrava em seu colo. Deitou e conseguiu sentir que Kenny também tinha se deitado, atrás dela.

— Desculpe... — Ele sussurrou. — Não queria que fosse tão rápido assim... — Comentou, citando indiretamente Karen e começou a olhar para o teto. Queria ter tempo de conquistar você de novo antes de acontecer tudo isso. Desculpe mesmo.

Você sorriu. Ele definitivamente continuava o mesmo Kenny. O garoto pervertido que apesar da mente nada inocente ele ainda tinha um coração tão puro quanto sua alma. Esse era o Kenny que você tanto gostava, ou melhor, gosta.

Você puxou a mão dele e fez o McCormick lhe abraçar enquanto você abraçava a irmã mais nova dele. Uma concinha diferente. O sono bateu no trio que acabou por dormir. Antes, porém, S/N avisou a sua mãe todo o ocorrido e pediu permissão para chegar terde em casa naquele dia. Ao ler todas as mensagens Kelly permitiu falando apenas que gostaria de ver o loiro ainda naquele dia. Sorriu olhando a mensagem e dormiu após colocar o celular no criado-mudo ao seu lado.