Pᴀʀᴛᴇ 2

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Os dias se passaram com novos casos, correria, interrogatórios, prisão, o de sempre. Connor ajudava bastante e você passou a apreciar a companhia do mesmo, seus comentários sarcásticos que aprendera rapidamente e as análises que sempre o repreendia para não fazer... No final, faziam uma boa dupla.

Mas o problema era a evolução de seu apreço para com o mesmo, que crescia a cada dia e passou a assustá-la, com medo de estar desenvolvendo algum sentimento romântico, o qual ele jamais poderia corresponder. A maneira como ele cuidava de você e suas conversas, mesmo que breves, te distraindo, como jamais ninguém nunca conseguiu.

Ele é apenas uma máquina... Mas começava a se questionar se acreditava nisso, ele não era um divergente, mas talvez um dia pudesse ser, embora ele sempre deixasse claro que jamais agiria em desacordo com o que fora instruído a ser e fazer.

Outro dia na delegacia, vagando pela sua estação em busca de qualquer alerta para divergentes. O AC500 continuava em uma cela, mesmo depois de Fowler ter gritado com você, o capitão acatou o seu pedido de não mandá-lo para análise, dessa forma não seria desmontado, de alguma forma, sentia que devia protegê-lo.

- Uma AX400 foi avistada, a mesma que fugiu com a garotinha, talvez devêssemos investigar. - Connor proferiu na mesa à sua frente.

- Certo, vamos lá! - Fingiu empolgação, seu trabalho era importante, mas nem por isso deixava de ser exaustivo.

Vocês pegaram seu carro e foram até o local, guardas já faziam rondas em busca da androide e da menina, mas não sabiam onde exatamente estavam escondidas, até que foram descobertas por um policial que gritou que elas estavam indo em direção a estação do metrô.

Você e Connor correram atrás delas e como sempre, ele era bem mais rápido, mas elas pularam sobre uma grade e correram para uma via cheia de carros que passavam a toda velocidade, seu parceiro tentou ir atrás, mas você impediu.

- Não Connor, ficou maluco?! - Ele parecia frustrado, bateu na grade e deixou que elas fossem.

Truck Chiken Bar. O food-truck favorito de Hank e que passou a ser o seu também, mesmo que a vigilância sanitária tenha desaprovado a continuidade do pequeno estabelecimento, eles continuaram de forma clandestina e você agradeceu por isso.

Como sempre, Pedro abriu um sorriso quando te avistou e se aproximou oferecendo um jogo em que tinha "100%" de certeza que ganharia, você apenas revirou os olhos.

- Sabe que não curto essas coisas, nem adianta, devia falar com Hank, eu não perco meu dinheiro que ralei tanto para ter com esses jogos... Sabe que é crime, né? E que eu posso te prender por isso. - Ele riu nervosamente.

- Qual é, Sn... Eu sei que você jamais faria isso. - Você sorriu balançando a cabeça em forma negativa.

- Então pare de me oferecer essas coisas ou eu posso rever nossa amizade. - Ele levantou as mãos em rendição e se afastou. - Fala aí Gary, me vê o de sempre. - Se virou para o dono do food-truck, que sorriu e foi preparar o seu lanche.

- Com licença, Detetive... - Connor chegou abruptamente, te dando um pequeno susto.

- Que isso, quer me matar do coração?! - Ele apenas negou com a cabeça, era fofo o modo como ele entendia tudo ao pé da letra... Espera, fofo? Tá ficando maluca? Brigou consigo mesma na própria mente.

- Me desculpe, Detetive. - Ele inclinou um pouco a cabeça, seu coração disparava todas as vezes que ele o fazia. - Você sabe que esse lugar deveria estar fechado, não é?

- Quem é esse monte de plástico? - Gary perguntou, enquanto te entregava o lanche e um refrigerante pequeno.

- Meu parceiro, Gary, tenha mais respeito. - Ele a olhou desacreditado, era uma das pessoas que sabia sobre sua intriga com as máquinas, ele deveria estar bem confuso agora, mas você não o respondeu mais. Quando olhou para Connor, ele sorria levemente.

I'ᴍ Bᴇᴄᴏᴍɪɴɢ  Hᴜᴍᴀɴ - Imagine Connor (DBH) Onde histórias criam vida. Descubra agora