Em 1937, em uma pequena cidade do Reino Unido, um jovem chegava para aproveitar suas férias antes de embarcar na nova fase de sua vida. O curso de direito em Oxford para Bernard era uma grande oportunidade, e rever seus amigos de infância na cidade...
"Realmente, realmente já amou uma mulher? você precisa dar-lhe um pouco de confiança, segurá-la bem apertado, um pouco de ternura, precisa tratá-la bem"
Have You Ever Really Loved a Woman - Bryan Adams
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A noite ficava enevoada, e ameaçava uma grande chuva, era algo preocupante para as pessoas lá fora, mas não para Bernard. Uma brisa quente e envolvente tomava seu corpo, após algumas doses de um bom vinho, e poderia ser esse o efeito da bebida.
Bernard havia seguido a mulher bar adentro, por parte que desconhecia, após passar pelo balcão, havia um grande corredor que não era facilmente visto pela luz do local, em especial, pois a atenção de todos quase sempre era voltada ao palco.
Ao final do corredor, a mulher abriu uma porta que deu a uma sala aconchegante, deveria ser seu escritório, pois havia uma mesa de madeira maciça, uma cadeira logo atrás. O sofá de estofado caramelo junto a estante com vários livros, que haviam sido organizados em ordem alfabética, dava um toque de requinte.
Ela pegou uma garrafa de vinho que estava posta ao lado do sofá, juntamente de taças se servia. Uma das taças foi direcionada para Bernard e a outra permaneceu em sua mão.
Levando a taça aos lábios, o jovem notou seus lábios pintados de um tom escuro que lembravam macieiras na primavera. Sem demora, ela se virou para onde a mesa estava e o olhar de Bernard caiu sobre suas costas, que tinha apenas pequenas amarras segurando o vestido em seu corpo.
— Você não me disse seu nome — Ele disse e tomou um pouco do vinho.
Girando nos saltos, ela voltou a sua atenção para ele e seu rosto era marcado por um sorriso fraco.
— Rosalie.
— Rosalie... — Bernard repetiu baixinho.
— Se não estava esperando por alguém — Ela começou e inclinou sua cabeça para o lado em curiosidade — O que fazia sozinho lá fora?
Antes que Bernard pudesse responder, Rosalie prosseguiu com outra pergunta.
— Ou foi dispensado?
— Eu não fui dispensado — Ele falou e tomou o resto da bebida de uma única vez, fazendo sua garganta queimar.
Rosalie arqueou a sobrancelha e depois bebeu o restante de sua bebida, e descansou a taça, sobre a mesinha ao lado do sofá.
— Entendo — Ela afirmou e deu um longo suspiro, sentindo que a bebida havia lhe esquentado um pouco — E quanto a primeira pergunta? Vai responder?
