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Bianca

Menos um mês de sofrimento mas muitos ainda pelo frente, tudo um caos mas tou me mantendo firme.

A Livia, minha mãe e o Souza tão sendo minha salvação, nunca pensei que iria ter tamanho apoios deles como tá sendo.

Minha mãe começou a trabalhar em horário diferente e começou a fica apertado pra ela me levar. Então o nino falou com o Souza pra coloca um dos meninos com ficha limpa pra me levar.

E é oq tá acontecendo agora, o wel me levar e me esperar, é uma viagem tranquila, até pq ele não fala um palavra comigo e um bom dia, boa tarde no máximo.

Sei que é coisa do nino, mas como eles dizem que é respeito eu tbm não fico puxando muito assunto com o tal wel.

Bia - para aqui wel rapidinho conheço aquela moça ali. - Ele para e eu abro a janela, falando com a Alexia. - oi, tá indo pra lá ? Quer carona?

Ela olha pra mim desconfiada olha pra o wel que acenar com a cabeça pra ela.

Bia - entra aí. - aperto no botão para destravar as portas e ela entrar.

Alexia - bom dia. - fala seca e eu respondo junto com o wel.

Chegamos em silêncio no portão do presídio, desço pegando o jumbo do gato que tá um peso que só.

Depois que eu souber que podia trazer coisas, por mais cheio de restrições de coisas, eu não venho sem um negócio pro meu bichinho.

Hj tá sendo coisas de comida, então tá pesado, desço falando com o wel que não me responde.

Alexia - ele é envolvido? - perguntar quando a gente se afastar um pouco do carro.

Bia - oii? O wel ? - ela confirmar com a cabeça. - não não - minto já que não sei oque eu posso fala aqui.

Alexia - hurum. Ficamos na fila, coloco a caixinha das comidas no chão.

Bia - souber por e-mails que as visitas ia expandir pra dentro do quarteirão lá. - falo me referindo ao local lá, pelo que eu entendi parece que vamos ter mais acesso na hora das visitas.

Tipo antes o limite das visitas era só até o refeitório, agora já estão nos corredores e selas. Que pelo que o nino me falou é uma sela pra 2 pessoas mas colocam 4 por sorte ele disse que na dele só tem ele é outro homem lá mesmo.

Alexia - e tbm fiquei sabendo, mas tá muito estranho, então nem me confio muito, mas não duvido eles fazer revistas quando a gente sair agora.

Bia- é mesmo, mas vamos ver. - ela ainda não vai muito com minha cara não, mas hj a gente se fala mais e tals, do jeitinho dela, mais ela me dá maior assistência aqui.

Passamos de boa pela fila e veio a hora que eu já fico como?! nervosa, os agentes aqui me odeiam, principalmente a chefe de segurança, nesse mês ela não tava aqui, ai as implicância dos agente era até de boa.

Alexia - Sônia tá aqui. - fala se referindo a chefe.

Bia - hoje não é o meu dia então. - chego minha vez e já vejo ela se aproximando.

Jurooo, parece brincadeira, a mulher fica no meu pé cara.

Passo uma vez no scanner e quando o agente ia liberar a cobra, serpente, cascavel falar.

Chefe d.s - passa de novo, estou vendo um mancha aqui. - fala se referindo ao computador.

Respiro fundo e passo novamente.

Chefe d.s - estamos vendo aqui uma mancha, então melhor a senhora fala oque vc tá carregando aí.

Bia - eu não estou carregando nada.

Chefe d.s - eu não sou cega, tou vendo um borrão preto aqui.

Alexia - poder ser gases dona Sônia, já me aconteceu em outros presídios.

Chefe d.s - vamos pra o hospital ver oq é então. - fala e vira pro computador digitando algumas coisa, isso eu já tava morta de vergonha e puta.

Bia - hospital? Alexia que porra é essa ?! - viro pra Alexia confusa.

Alexia - isso é implicância Bianca, ela tá dizendo que tem algo dentro de vc, que pode ser apenas gases que acabar aparecendo nos scanner mas como ela tem birra com vc, ela vai levar vc pro hospital pra ver se realmente não tem nada dentro de vc. - a Alexia me explicar e eu fico de cara com essa situação.

Essa mulher só pode tá de palhaçada com minha cara, tá achando que eu vou enfiar oque dentro da minha buceta o cu dela né só pode.

Deus tem que me dá muita paciência, vim toda animada pra essa visita e essa mulher me xoxa assim.

Aí depois disso foi só ladeira abaixo, acreditar que eu fui em uma viatura com 3 polícias me oprimindo.

Policial - vai ser melhor pra senhora fala logo oq tá guardando. - fala oque tá do meu lado.

Bia - eu não tou aguardando nada senhor. - digo me sentindo super constrangida e humilhada.

Sei que tem pessoas que realmente levam coisa pra dentro da cadeia, mas eu não teria essa coragem e tou passando por essa injustiça, apenas pq essa mulher não vai com minha cara e achar que eu sou uma bandida igual meu namorado, é brincadeira uma coisa dessas.

Chegamos no hospital sou recebidas com vários olhares já que eu tou com três policiais na minha cola, logo as pessoas olham, falam.

A gente vai pra uma salinha lá aguentando mais piadinhas e acusações, fico calada esperando a médica entrar.

Quando a dr entrar, os escrotos saem e eu deito na maca, lá ela passa um gel e começa a fazer tipo uma ultrassom na minha barriga.

Dr - realmente são gases.

Bia - claro que são. A falo meio ríspida e logo me toco que ela não tem culpa disso. - me desculpa doutora, essa situação me deixou bem estressada.

Dr - tudo bem eu entendo, vou informar tudo aqui pra vc entregar a eles.

Bia - tá bom. Fico ali esperando ela imprimir o laudo médico e imagino oque o nino deve tá pensando, já que passou umas duas horas só horário de início das visitas.

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