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Depois de gravarmos o vídeo já estava completamente morta de cansaço, adormeci em segundos após tocar no travesseiro, mas uma coisa, uma pessoa, não saia do meu pensamento.
Thomaz.
Não estarmos conseguindo dormir no mesmo horário e ter o mesmo pensamento de ficar do lado de fora é coincidência demais, não?
— Amiga, vamos? — Carol fala me quebrando dos meus pensamentos, assinto.
Saímos da barraca e a Camila já estava com a câmera na mão, no chão tinha um pano com comida do café da manhã.
— Bom dia! — Digo acenando para todos.
(...)
Após terminarmos de gravar, arrumamos tudo e finalmente fomos embora da floresta.
Chegamos na casa da Camila.
— Aila. — Thomaz que estava ao meu lado do sofá me chama. — Qual sua comida favorita?
— Sushi, totalmente. — Digo lembrando do sabor da comida.
— Quer ir sair amanhã, comigo? — Ele pergunra tímido.
Seria um encontro?
— Sim, claro, pode ser. — Digo e pego meu celular rolando no feed do instagram. — Qual é o seu número? Para gente combinar melhor.
Pergunto e ele pega meu celular com cuidado colocando seu número rapidamente.
Pego meu celular de volta e vejo o número salvo, mando um "oi", olho o nome de contato que ele colocou e estava "thomaz lindo" viro o celular para ele com uma cara confusa e ele ri.
— Relaxa. — Ele vira o celular dele e estava "aila linda". — Há quanto tempo você grava com a Camila?
— Há muito tempo, comecei quando ainda estava estudando. — O respondo.
— Trabalhar com a família deve ser engraçado. — Ele diz solto.
— Um pouco, mas não é só a família, família, também tem pessoas de "fora". — Faço os aspas com a mão. — E as vezes são as mais engraçadas. — Como você conheceu a Camila?
— Conheci a Camila pelo Bruno, ele me apresentou a ela e desde então viramos amigos, ela me chamou pra gravar e eu vim. — Ele responde.
Conversamos sobre tantas coisas aleatórias que nem vimos o tempo passar, acabamos pegando no sono esperando pelo almoço.
— Tá na hora do almoço. — Jhey diz pulando e nos acordando. — Como vocês dormiram?
— Tava demorando e acabamos pegando no sono. — Digo coçando meu olho.
— Vem logo, tá todo mundo esperando.
(...)
Já tínhamos almoçado e estava em frente a casa da Camila, tentando achar algum uber, mas estava difícil.
A maioria recusava ou não encontrava alguém.
— Tchau, Aila. — Thomaz diz saindo da casa e entrando num carro preto. — Vai ficar aí? — Ele pergunta.
— Procurando um uber, tá difícil. — Digo rolando o aplicativo procurando por um uber.
— Quer que eu te leve? — Ele pergunta e olho para pra pensar um pouco, assinto e entro cuidadosamente no veículo. — Quantos anos você tem?
— 19. — Digo curta e ele expressa uma feição confusa.
— Achei que você tivesse carteira de motorista. — Ele diz estranho.
— Reprovei duas vezes. — Digo curta e é o motivo pra ele começar a rir. — Parou. — Ele liga o carro.
— Vai tentar a terceira então? — Ele pergunta ainda rindo.
— Sim. — Digo simples.
— Boa sorte, então.
Ele liga o carro e explico o caminho para minha casa. Em minutos estávamos em frente ao grande prédio.
— Tchau, Aila. — Ele diz simples.
— Tchau, Thomaz, obrigada, sério. — Digo e dou um beijo em sua bochecha. — Tchau. — O aceno novamente e saio do veículo.
Entro no prédio e vejo o carro sumir em alguns segundos.
Tenho que pensar sobre amanhã.
Onde ele vai me levar? O que eu visto?
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