De onde me vês

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Aí, de onde estás,
Penso se me olhas
Se me vês
Se me sentes
Ou se apenas te arrependes
E segues o teu rumo

Não és já daqui, deste mundo
Os teus pés já não deambulam
Pelo chão que eu piso,
Os teus pulmões já não aspiram
O destino que eu preconizo,
O teu olhar já não sente
O que os meus olhos ignoram

Porque estes choram
Tudo o que os dias não trazem,
Tudo o que se perdeu nesta paisagem:
A tua voz, o teu riso,
O teu sossego e o teu juízo,
Tudo o que o alvo dia já não alcança

E eu... já não sou a tua criança.


(Julho de 2021)

Entre Dois SéculosOnde histórias criam vida. Descubra agora