Tu já sabes,
E eu não ignoro,
Mas não admites
O que eu caloCruzamo-nos nas sombras
Do que fomos e do que somos,
O universo a explodir à volta,
Tácitos, soturnos, cansadosJá não há voz nem nós
- Espelhados –
Já não há vazio nem história,
Nem marcos nem glóriaCada qual em cada canto
Num desencantado prantoTu já sabes e eu não ignoro,
O fim começa
E já não se detém,
Isto é terra de ninguém,
E eu... já cá não moro...
(10 de Julho de 2021)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Dois Séculos
PoesíaColectânea de poemas escritos entre os finais do séc. XX e início do séc. XXI.