[Sem título]

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As incongruências que me assaltam
Rebuscam-me a alma,
Afogam-me numa vertigem zonza,
Como se de uma viagem se tratasse,
Onde tudo se transforma e os caminhos percorridos
Abrem-se em abismo atrás dos meus passos.

Estas inocências paralelas assustam-me num assopro mórbido,
Cortam-me o fôlego,
Obrigam-me a olhar de frente a luz.

Cega e disforme,
A claridade é sempre opaca
E é nessa opacidade oca e tosca
Que moram todos esses sonhos perdidos.


(3 de Outubro de 1999)

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