ROY HARPER²

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heaven's on fire ²

TW: hot leve.

OFEGUEI e engasguei com o ar enquanto ele aumentava sua velocidade. Arranhei suas costas e meus olhos se reviraram.

-Roy!- gemi quando ele encontrou meu ponto g.

-Eu...- ele se aproximou do meu ouvido. -Eu te amo.

Com uma última estocada, chegamos ao ápice juntos. Ele caiu ao meu lado ofegante e levemente delirante.

Entrelacei nossas mãos e o olhei. Ele sorriu quando percebeu meu olhar, e me puxou para mais perto.

-Você me ama?- mordi o lábio inferior.

Seus olhos se arregalaram e ele hesitou.

-Foi no calor do-

-Também te amo.- beijei sua bochecha.

Há quase um ano, eu e Roy temos roubado esses momentos só para nós, sem rotular nada. Mas se analisar ele era meu namorado, e do melhor tipo.

Naquele momento estávamos na Colômbia, para o aniversário da minha abuela. Ele me encontrou no hotel e dividimos um quarto.

Minha família amava Roy, o tratavam como um deles. Ele era surpreendentemente simpático com todos, os conquistando aos poucos.

-Roy, sei que não é o melhor momento, mas precisamos conversar.- me sentei na cama do nosso quarto de hotel.

Ele acompanhou meus movimentos e suas sobrancelhas se franziram. Suas mãos apertaram as minhas, sua ansiedade transbordando.

-Titi Margarida quer que nos casemos.- mordi o lábio inferior.

-Mas é muito cedo.- ele hesitou, analisando meu rosto. -Certo?

-Claro, com certeza. Quer dizer, ainda nem oficializamos isso e- - me interrompi e respirei fundo. -Não é sobre isso que quero falar. É sobre um outro problema.

Apertei mais sua mão.

-Ela me fez pensar sobre como vamos funcionar. Digo, você é um herói e eu sou a chefe de um cartel, isso... é complicado demais. Do tipo de problema que me fez não conseguir dormir direito nos últimos dias pensando em uma solução.

Ele piscou algumas vezes seguidas, ainda me analisando.

-Por favor, não diga o que eu acho que vai dizer.- ele engoliu em seco.

-Não estou dizendo para terminarmos.- me apressei em responder. -Só que... precisamos pensar em algo. Juntos.

Sei que ele não desistiria de ser o Arsenal para fazer parte de um cartel. Mas eu também não desistiria do cartel e nem da minha família para fazer um acordo judicial e viver como uma pessoa normal. A verdade era que eu gostava de ser a chefe.

Mas há algumas semanas Roy vinha puxando assunto sobre o quanto o tráfico de drogas era prejudicial para a sociedade, jogando indiretas. E eu dizia de novo que vendíamos drogas para ricos, e que isso tinha o seu lado bom, já que uma regra - imposta por mim - para todos os integrantes do Cartel de Medellín era de que nenhum deles deveria usar drogas ou entorpecentes. Todos que trabalhavam para mim eram limpos, por obrigação.

-Podemos pensar depois?- Roy resmungou e me puxou o mais perto que conseguiu, se jogando no colchão depois.

Ele riu com minha risada, e colocou uma de minhas coxas por cima da sua barriga. Um beijo foi depositado na minha cabeça e seus dedos acariciaram meu braço.

𝕯𝕮, 𝖎𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊𝖘.Onde histórias criam vida. Descubra agora