JASON TODD

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it's called mourning 'cause you died, idiot

ME enrolei mais no grande casaco que usava. Era inverno, e Gotham estava mais escura e fria que o normal. O clima chuvoso e os ventava, além de não ter uma pontinha de sol há dias.

Caminhei lentamente até a lápide de mármore fria, e depositei uma pinha em cima dela. Forrei um tecido na grama em frente à pedra e me sentei ali.

—Hey, Todd, sou eu. A morcega mirim.— coloquei minhas mãos cobertas por uma grossa luva na grama, dois metros acima de onde ele estava enterrado.

Eu e Jason nos conhecemos quando eu era a Batgirl e ele o Robin. Eu era a hiperativa e ele o nervosinho. Tínhamos treze anos, e não nos demos bem no começo. Mas conforme o tempo foi passando, nos familiarizamos e viramos melhores amigos. Ele era como meu irmão mais novo, um pé no saco que eu era obrigada a carregar por aí.

Mas dois anos depois, o Coringa o emboscou durante uma missão com o Batman em uma cidadezinha no meio da neve, quando eles foram impedir Ra's Al Ghul de comprar uma bomba misteriosa e poderosíssima.

Depois daquele dia, Bruce insistiu e quase me proibiu de ser a Batgirl. E quem me salvou foram Barbara e Dick, que se responsabilizaram totalmente por mim.

—Essa semana foi meu aniversário, lembra? Até que foi divertido, conseguir comprar aquela minha torta preferida e comi em casa, enquanto assistia "Para Todos os Garotos Que Já Amei". Daí teve uma fuga em massa do Arkham e eu tive que sair.

Me espreguiçei levemente.

—O que mais? Ah, a Liga da Justiça me aceitou como novo membro, então finalmente tenho um salário decente. E também terminei aquele livro que estava te falando na semana passada.

Suspirei. Vir aqui todo sábado de manhã cedinho e conversar com o túmulo não era a mesma coisa que conversar com ele.

Senti como se estivessem me observando e me levantei, pegando o tecido em que me sentei. Sorri e pousei minha mão na lápide por alguns segundos, enquanto engolia o choro.

Coloquei as mãos nos bolsos e segui o caminho até a saída da Mansão Wayne, mas não sem antes observar os túmulos de Martha e Thomas Wayne.

Balancei levemente a cabeça e segui meu caminho, com aquela velha sensação de estar sendo seguida.

Assim que consegui achar um ponto cego no caminho, fui até ele e esperei para avistar quem era a sombra. Foi quando um homem com uma espécie de armadura cinza e capacete vermelho apareceu. Ele tinha um morcego desenhado em vermelho em seu peito.

Coloquei silenciosamente a máscara e luva do traje da batgirl, que protegia minha mão de fraturas, e saí do meio das árvores sem fazer um barulho sequer. O pegaria de surpresa, pelas costas.

Acertei o meio de suas costas e joguei boleadeiras em seus joelhos. Tirei suas armas dos coldres das coxas enquanto deslizava para a sua frente. Joguei as pistolas a alguns metros de distância de nós.

Pequei um batarangue e joguei em seu capacete, para distraí-lo. Funcionou, e ele divagou por segundos suficientes para que eu acertasse um chute no rosto e amarrasse suas mãos.

—Quem é você?— franzi as sobrancelhas.

Ele não respondeu, apenas me olhou e ficou em silêncio.

Sinistro.

—Cara, sem paciência para essa merda agora.— liguei meu comunicador na pulseira e contatei Bruce. —Batman, venha na minha posição por favor. Um idiota estava me seguindo, pode saber minha identidade.

𝕯𝕮, 𝖎𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊𝖘.Onde histórias criam vida. Descubra agora