DICK GRAYSON

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『 lençol dobrado 』

PS. N/A: c/d/o — significa cor dos olhos.

Acordei de madrugada com um barulho na cozinha. Passei as mãos pela cama à procura do meu namorado, mas ele não estava ali, e a cama estava fria.

Juntei toda minha coragem e peguei a arma que eu escondia embaixo da cama, para caso algum louco invadisse o apartamento algum dia.

A engatilhei, caminhando silenciosamente até o lugar onde ouvi o barulho.

Apesar da luz apagada, consegui ver uma sombra se movendo da janela que dava na escada de incêndio para dentro do apartamento. Quem quer que fosse, já conhecia os lugares do apartamento que faziam barulho. E também, a sombra segurava dois bastões. Coisa boa não era.

Esperei a pessoa andar até um lugar mais acessível e mirei na perna, para a desestabilizar e aumentar minhas chances de sobrevivência.

Sai do meu esconderijo e atirei. A pessoa caiu no chão no mesmo segundo.

—S/N!— a pessoa gritou. Espera, eu conheço essa voz... merda.

—Dick?— corri até ele e analisei o lugar onde tinha atirado, e foi quando eu percebi. —Que porra é essa?

Ele usava uma espécie de armadura/traje preta, com o desenho de uma ave em cor azul médio. O traje do Asa Noturna, o vigilante de Blüdhaven.

—Você... você mentiu para mim? Há quanto tempo faz isso? Por que não me contou?— me sentei ao lado dele. A bala não atingiu o corpo, foi parada pelo traje à prova de balas.

▾ Dick on ▾

—Merda, Grayson!— S/N gritou comigo mais uma vez. —Você tem que aprender a conversar comigo, a ser sincero! Eu sou sincera com você, poxa!

E vou ser sincero: ela tinha razão em estar brava. Mas vamos do começo.

Namoro com S/N há dois anos, e ela sempre foi simplesmente incrível. Em todos os sentidos, e literalmente. Mas como o esperado, a vida como Asa Noturna atrapalhou nossa relação, já que eu cancelava encontros ou saía de repente dando desculpas esfarrapadas.

E S/N desconfiada como é, pensou que eu estava a traindo. É óbvio que eu não estava fazendo isso, mas parecia. Eu não queria contar sobre o traje porque tenho medo por ela, pelo o quê poderia acontecer se algum vilão descobrisse minha identidade e a sequestrasse, ou algo assim.

E então lá estava eu, sentado no sofá do nosso apartamento — ela tinha ido morar comigo há uma semana, quando ficou mais difícil de mentir — a observando. Ela tinha me pegado no flagra voltando de uma patrulha.

S/N andava ansiosamente de um lado ao outro, se descabelando enquanto argumentava cada vez mais nervosa.

—Amor, eu-

—Calado, eu falo agora.— ela fechou a mão a alguns centímetros de distância do meu rosto. —Eu confiei totalmente em você, te contei meus segredos e você fez isso comigo, me enganou dessa forma e eu fui burra o suficiente para cair nessa.

Ela apertou a ponta do nariz e suspirou.

—Eu sou uma idiota. Estúpida. Burra, burra, burra.

—Não fala assim.— fiz menção de me levantar mas ela me impediu.

—Eu disse para ficar calado.— suas mãos me seguraram pelos ombros, para que eu continuasse sentado. —Só falta me dizer que seu pai é o Batman e seus irmãos são os Robins.

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⏰ Última atualização: Jun 16, 2023 ⏰

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