DICK GRAYSON

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girlfriend for one night

Ps.: A cachorrinha Haley realmente existe nas hqs. Procurem por "cachorrinha do Asa Noturna".

EU tinha acabado de me jogar no sofá da minha sala depois de uma madrugada de patrulha — com alguns ferimentos no rosto e uma ou duas costelas quebradas — quando alguém bateu na porta do meu apartamento. Pensei em deixar para lá e fingir que não estava, mas a pessoa era insistente.

Arranquei o traje do Asa Noturna o mais rápido que consegui e vesti só uma calça de moletom, com preguiça de procurar alguma blusa. Peguei minhas chaves e abri a porta, me surpreendendo com o que vi.

—Grayson.— era minha vizinha, S/N.

Ela morava no apartamento ao lado desde quando me mudei para Blüdhaven, e não era muito comunicativa comigo. Talvez por eu fazer um pouco de barulho com o treino diário do Asa Noturna. Ou comigo chegando às cinco da manhã e pisando nos brinquedos da Haley sem querer. Ou-

—Haley, de alguma forma, simplesmente surgiu no meu apartamento ontem à noite.— ela interrompeu minha linha de pensamento e me entregou a cachorrinha.

Sorri sem graça e abracei Haley, já pensando na bronca que a daria daqui há pouco.

—Desculpa por isso.

—Não se preocupe.— ela sorriu e se afastou da porta. —Mas se precisar de alguém para passar o dia com ela, estou disponível. Trabalho em homework, e não seria incômodo nenhum.

S/N acenou e entrou em seu apartamento.

Fechei a porta e fiquei levemente paralisado comigo mesmo. Meu coração se acelerou ou foi impressão? Ah, qual é. Eu não sou um adolescente, isso é ridículo.

Não pensei muito sobre isso, já que minha mãe me ligou no exato segundo seguinte.

—Mãe!— sorri e acenei para ela. Era uma chamada de vídeo. —Como vai?

Bem, todos nós.— ela sorriu também. Ela e meu pai casaram antes de me adotarem, e ela era simplesmente incrível. —Só queria saber se vai vir mesmo para a Gala Anual Wayne.

—Relaxe mãe, vou estar aí.

Jason vai com a namorada, Helena.

Nem queiram saber como ela e Bruce conseguiram justificar a volta de Jason à vida.

Dick, olhe para mim.— ela me chamou, sua voz propositalmente mais grave. —Sabe que te amo, não sabe?

—Sei, mãe. Eu também te amo.

Pois então, me preocupo infinitamente com meu bebê, minha coisinha preciosa.

—Mãe!— minhas bochechas com certeza se coraram.

Dick, eu apenas tenho medo de que se isole do mundo, como seu pai era antes de mim e de você.— sua expressão se diminuiu em angústia.

—Eu não estou sozinho nem isolado, mãe.— me arrependi no segundo que soltei essa frase.

Você tem uma namorada?— ela sorriu e se levantou rapidamente de onde estava sentada.

Duvido.— Damian surgiu na ligação com uma sobrancelha arqueada.

Não há motivo para duvidar, Dami. Dick negaria se não tivesse, certo?— ela e Damian esperavam ansiosamente por uma resposta, enquanto minha moralidade ia pelo ralo.

—É claro.— sorri sem graça. —Sim eu tenho namorada e sim, ela vai na Gala.

Eu sei, eu sei, foi muito errado. Mas o que eu podia fazer? Minha mãe estava com um sorrisinho tão feliz, e aquilo aqueceu meu coração. E outra, eu nunca a deixaria descobrir a verdade.

𝕯𝕮, 𝖎𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊𝖘.Onde histórias criam vida. Descubra agora