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|Sábado, 21h|

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|Sábado, 21h|

Eu sabia que Naya acabaria por se atrasar, afinal de contas ela sempre se atrasa quando tem que sair.

Mas saberia também que quando ela descesse as escadas iria compensar qualquer atraso.

E eu tinha razão, o corpo perfeito dela fez a roupa cair perfeitamente nas suas  curvas às quais eu não me importaria de puxar meu travão de mão e as contornar até as decorar.

(...)

Depois de uma viagem dirigindo até o armazém me encontrei perdido no meio de tantas naves. Eram muitos carros, muitas motos, muita mecânico e sem falar no stock de pneus e nitro que eu vi que tinha aqui.

Logo Naya me chamou e na última o tal Kevin acabou por vir connosco. Confesso que não gostei muito da ideia mas não tinha o que fazer, eu é que estava a invadir o território deles.

A viagem até estava tranquila, em meio a conversas com o mais velho sobre o armazém e carros, até que ele era bem legal nesse aspecto.

Mas como tudo em que tenho participado com Naya tem corrido mal não era de se esperar que hoje seria diferente.

Um Porsche preto brotou do nada acelerando com tudo e em segundos há estava lado a lado comigo. Era pouco a visão que a gente tinha, mas dava para ver nitidamente uma garota loira e um outro cara dirigindo. Trocaram olhares com a gente uns segundos.

Kevin: merda. - reagiu - vai dar muita merda Bryan, por favor não deixa eles fazerem mal com a Naya. - ele fala quando o mesmo carro volta a acelerar em direção a Naya que estava um pouco mais na nossa frente.

Quem esse cara pensa que é? É lógico que eu não vou deixar que façam mal com a Naya.

Involuntariamente, depois de perceber qual era a intenção do condutor, eu preguei o pé a fundo no acelerador para ir tentar proteger a minha menina. Mas não tinha o que eu fazer, qualquer movimento meu e poderia se tornar fatal para Naya.

Por favor patyzinha, se protege dessa, porque infelizmente eu não irei conseguir fazer isso e me culparei para sempre.

Ela foi fechada pelo carro e tudo o que eu fiz foi ficar atento até ela voltar a ter controle da moto. Uffa, essa garota é foda.

Agora que ela já estava em segurança eu corri atrás da Porsche e o fechei igual quando pude, o maximo que obtive foi duas pessoas assustadas com medo de baterem e perder controle, mas nada que me importasse muito de realmente acontecesse.

Olho o espelho do carro e Naya está logo atrás e vejo a cena perfeita dele socando e quebrando o retrovisor.

Não tenho palavras para descrever essa mulher e me deixa cada vez mais atraído por ela, só atração, não é?

Enquanto tudo isso acontecia, o chato do Kevin de manteve neutro embora eu percebesse sua tensão de longe e o suspiro de alívio que deu quando percebeu que tudo já tinha passado. Afinal o cara me deu total confiança para controlar a situação, não que tele pudesse fazer muito mais.

Bryan: agora que tudo já foi, me explica o que acabou de acontecer. - quebro o silêncio para tentar perceber as coisas.

Kevin: você viu cara, você passou, você que está dirigindo, não preciso responder.

Bryan: eu posso não conhecer você e Naya há muito tempo mas eu sei perfeitamente que isso aqui tem algo por trás.

Kevin: cara, são só uns caras, uns inimigos que eu fiz. Dos grandes. - ele riu ironicamente - que estão jogando sujo e indo tocar na porra do meu ponto fraco.

A Naya, mas porquê? Como funciona essa relação deles porra, estou tão confuso.

Bryan: é, eles não parecem ser de brincadeira e confesso que eu nunca senti um medo como senti agora. Estava nas minhas mãos proteger a mi... A Naya, e eu não consegui.

Kevin: não cara, você não poderia fazer muito mais, você foi inteligente e racional. Obrigado por isso. Obrigado por cuidar dela. - um silêncio absurdo se instalou mas logo Kevin quebrou novamente. - sabe cara, confesso que não gostei muito quando Naya me disse que dividiria casa com um garoto, mas eu sei que agora ela está safe com você.

Bryan: é, mas eu fui meio babaca com ela em alguns assuntos, me meti onde não deveria. - ele provavelmente já sabia e me daria um cacete por isso.

Kevin: ah sobre isso - puta que pariu. - isso que acabou de acontecer, Naya não pode saber que são meus inimigos, e ela com certeza quando tiver oportunidade vai vir tirar satisfações. Por favor vamos combinar alguma resposta os dois, para não dar merda.

Bryan: é tão perigoso assim? - olhei para ele que assentiu muito tenso. - acontece que a gente tá chegando e não tem como arrumar uma desculpa assim tão rápido. Vamos ter que evitar a Naya o máximo que der.

Kevin: merda, ela vai me odiar tanto.

Eu não queria que Naya me odiasse, não outra vez e porque eu faria algo por um cara que é praticamente um desconhecido? Mas sei lá, parecia o certo seguir o que o mesmo dizia.

(...)

Foi quase impossível ignorar Naya, mas tudo ao nosso redor colaborou e conseguimos mais tempo evitando ela.

Em um certo ponto da noite eu vi a Ducati que correu com a Naya uma vez e tentou roubar a derrubadando.

Bryan: cara - Chamo Kevin - por acaso você sabe quem é o cara daquela moto ali?

Kevin: merda. - e apressou o passo se dirigindo até o local onde o mesmo já dialogava com ela.

O momento foi tenso, rolaram ameaças de ambas as partes, não sei até como não rolou briga de soco, mas só sei que parei uns segundos quando Kevin disse:

"não vai tentar machucar minha irmã pela segunda vez hoje"

Então eles são irmãos. Talvez eu tenha ficado em choque, talvez feliz, eu realmente não consegui perceber a sensação que passou por mim.

Só voltei a perceber que estávamos fodidos quando vi o olhar que Naya lançou para nós e quando falou.

Naya: vocês os dois - apontou - têm muito o que me explicar e eu garanto que só vos deixo livres quando tudo estiver esclarecido.

Olhei para Kevin, Kevin olhou para mim e só restou dizer: agora fodeu.

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   Gracias 🤍

O meu roommate Onde histórias criam vida. Descubra agora