Caminhos Traçados

Capítulo- 11

                   - Any Gabrielly. -

- Edward pare de reclamar! - Ed estava a coisinha mais birrenta do mundo hoje. - Já chega de tanta reclamação e termine de juntar seus brinquedos!

Havia acabado de ligar para Liam para saber se o idiota realmente havia mandado alguns dos meus seguranças para cá, porque até agora, eu sinceramente não sabia. Payne disse que eles estariam de azul marinho hoje no Aeroporto, e que depois do que aconteceu, eu PRECISAVA SAIR DESSA CIDADE.

Lou ficaria puto ao saber do que aconteceu, não quero nem pensar...

Estava decidida, voltaria para Londres hoje à noite.

- Eu não quero ir mamãe! - Ele bateu seus pés no assoalho. - Não quero ficar longe da vovó e do vovô! Não quero! - Seus olhos marejaram, parei de arrumar minhas malas e o abracei.

- É necessário bebê, precisamos ir. - Passei a mão por seu cabelo enrolado. - Por favor, colabora com a mamãe...

Meu coração estava doendo por deixar meus pais agora, mas de qualquer forma, nunca planejei ficar mais que duas ou três semanas por aqui.

E agora com Pedro rondando tudo, fica ainda mais perigoso. Devia ter estourado aquele babaca de merda quando tive a chance, mas aí arrumaria ainda mais problemas.

- Tudo bem mãe. - Ele limpou uma lágrima que escorreu. - Vou porque não quero ver você triste...Mas só por isso, e depois vamos vir de novo, não é? - Balancei a cabeça concordando.

- Vamos, mas agora realmente precisamos ir. - Pisquei para ele.

Thomas saiu em disparada para a sala enquanto eu terminava tudo por ali, as garotas haviam saído hoje de manhã antes que eu acordasse e até agora não voltaram, dava até medo de saber o que as retardadas deviam estar fazendo agora.

- Filha... - Escutei a voz do meu pai, ele estava apoiado no batente da porta. - Por que já precisa ir? Para que tanta pressa? - Notava desapontamento na sua voz, e isso me quebrava.

Apesar de tudo, amava meu pai.

- É complicado papai, é por vocês também. - Beijei sua bochecha. - Tem gente perigosa atrás de mim, e se eu não ir embora logo, a coisa pode ficar feia.

- Esse mundo que você vive nos assusta e muito. - Ele suspirou. - Mas te entendemos Moranguinho, mesmo não apoiando isso, e você sabe.

- Eu sei. - Sorri simples. - Amo vocês, venham ver a gente logo! - Apertei suas bochechas e Silvio riu.

- Iremos, não vamos suportar muito tempo sem o Edward. - Eu sorri mais ainda, o abraçando.

- Nem me chamaram para o momento família?

Minha mãe surgiu do nada na porta, eu e meu pai a chamamos para o abraço também, e por alguns segundos, eu me senti a pessoa mais protegida desse mundo.

- Obrigada por tudo... - Sussurrei em meio ao abraço. - Harry teria amado conhecer vocês.

Não contive as lágrimas ao tocar no nome do Hazza, meu Hazza, ver meus pais tão verdadeiramente como agora me fazia lembrar dele, de como tudo teria sido muito melhor se....ambos os lados tivessem se entendido.

- Se ele foi um bom marido para você, amamos ele. - Os soluços se tornaram altos depois de ouvir isso de Silvio, tudo que eu mais quis ouvir por tantos anos.

- Minha garotinha... - Minha mãe passou o indicador por minha bochecha. - Você é forte, é decidida, faz tudo por seu filho... Any, você é tudo que eu sempre quis que você fosse.