Capítulo- 20

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- Josh Beauchamp. -

- Tu tá de palhaçada comigo, porra?! - Gabrielly se virou com rapidez e tirou algo de dentro do porta luvas de seu carro, uma pistola.

Vi o cano longo apontado bem para o meio da minha cara.

- Calma gatinha... - Ri baixo, com o indicador brinquei com o cano da arma. - Nós dois sabemos que você não teria coragem de me matar...

- Certeza? - Soares riu, revirando os olhos. - Depois da porra que você fez ontem com a MINHA EMPRESA, eu tenho toda a coragem do mundo de te estourar...

Pude ver que ela estava possessa de raiva pra caralho e não tiro suas razões, porém...

Sabemos que me matar ela não vai.

- Eu sei, foi mal por foder com a tua festinha de merda, ok? - Ri, a encarando.

- Enfia as tuas desculpas idiotas no seu cú, ok?! - Ela imitou minha fala, ri alto.

Tudo bem, acho que isso vai ser mais difícil do que eu imaginava.

Sua mão estava perfeitamente posicionada no gatilho, Gabrielly encarava com puro ódio no olhar, eu via que talvez tivesse acontecido algo mais ontem à noite pra que eu merecesse toda essa raivinha dela.

- QUE PORRA VOCÊ QUER AQUI SEU DESGRAÇADO?! - Assustei de leve com o grito dela. - Se você não sair da merda do meu carro em cinco segundos... - Ela me ameaçou.

- Tu não vai me matar, porra. - Revirei meus olhos. - Nem com o teu papinho que tu não tem coragem nenhuma pra merda do tipo, então relaxa aí.

Perdi a paciência com as putarias dela, foda-se.

- "Relaxa aí"... - Gabrielly repetiu minha frase, rindo. - Você tá de brincadeira comigo, Josh?! Meu filho estava aqui ontem! EU ESTAVA AQUI NA EMPRESA ONTEM! As garotas... Meu Deus.... Você queria me matar... - Pronto, ela destravou a arma e colou o cano bem no meio da minha testa.

- Bailey te entregou a porra do meu bilhete por acaso?! - Perguntei irritado.

- NÃO MUDA DE ASSUNTO SEU MERDA! - Any meteu uma coronhada na minha cabeça e pendi para o lado.

Franzi o cenho e grunhi de dor... Puta que pariu.

Agora essa puta passou dos limites.

- Parou com essa porra. - Grunhi puto da cara e joguei a merda da arma dela longe, Soares deu um grito de susto e a puxei pelo braço com força.

- ME SOLTA MALDITO! ME SOLTA! - Ela gritou e tapei a boca da filha da puta, que mulher escandalosa do caralho! Prendi Any comigo no banco de trás e a arremessei contra uma das portas, jogando meu corpo em cima do dela.

- Me.solta... - Ela rosnava.

Mulher brava do inferno!

- Shh... Deixa eu falar, porra. - Suspirei. - Se tu saiu de lá é porque recebeu meu bilhete te mandando vazar, não foi? - Any continuava imóvel, com a mesma expressão séria no rosto. - Responde, porra. - Meti um tapa na coxa dela, Soares grunhiu de raiva.

- Talvez. Mas isso não muda as tuas intenções de assassino! - Ela cuspiu contra mim, evitando me olhar. - É isso que você é, Beauchamp. Um monstro assassino. Você me enoja...
Seus olhos castanhos me fuzilavam, ela queria mesmo me estourar.

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