Capítulo- 15

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- Any Gabrielly. -


- Então... - Encarei Tommo de rabo de olho. - Por que terminou seu... Caso com Eleanor?


Acabei me servindo de mais uma boa dose de vinho branco, Louis riu.

Estávamos verdadeiramente péssimos hoje.

- Acho que ela não era a pessoa certa. - Seu riso nasalar me contagiou. - Além do sexo, que era muito bom, apenas para constar, não via mais nada para fazermos em conjunto. - Ele me encarou de rabo de olho, rindo também.

- Uau... - Ri dele. - E ela aceitou numa boa?

- Considerando o belo tapa na cara que ela me deu, acho que não. - Rimos de novo. - Não me importo, pelo menos não a enganei. Certo? - Louis deu de ombros. Concordei com a cabeça.

- Já notou que nada dá certo para gente? - O encarei divertida, Lou riu outra vez. - Talvez não sejamos boas pessoas para relacionamentos, Tommo. - Dei uma boa golada na taça.

- Acho que temos dedo podre, podre pra caralho. - Não segurei o riso. - É sério, Any. Somos péssimos com isso.

"Péssima" é uma palavra leve pra definir uma ocasião em que você decide transar com o cara que mandou matar teu marido, com toda certeza.

Ah Deus, eu sinto vontade de me matar por me meter em tanta merda. Parece que a cada ano eu melhoro nisso numa capacidade inacreditável.

- Não, eu sou "péssima". Você só não procura direito! - Arqueei minha sobrancelha pra ele.

- Acho que não é bem por aí não... - Louis virou totalmente sua taça. - Mas de qualquer forma, estou muito melhor assim, a vida de solteiro não tem preço, tu sabe bem disso. - Seu sotaque britânico e rouco me fazia rir às vezes. - Onde está o meu campeão?

- Na Gigi, foi dormir lá com ela e Zayn. - Ri nasalar.

- Empacar uma boa foda é a definição certa pra isso. - Ele piscou e arremessei uma colher que estava em cima do balcão nele. - Hey! É verdade! - Lou rendeu suas mãos, rindo.

- Idiota, vem. - Revirei meus olhos e Tomlinson me seguiu até a sala, me joguei no sofá e apoiei minha cabeça em seu ombro.

Coloquei em um filme qualquer e tentei prender meu olhar na TV durante os primeiros segundos na tela, mas o olhar de Louis direcionado a mim estava me incomodando, e não era pouco.

Virei minha cabeça e encarei seu rosto, Tommo não desviou seu olhar.

- O que foi? - Perguntei baixo, tentando prender o riso. - Por que está olhando tanto pra mim?

- Você é uma mulher muito bonita, Any.

Por essa eu não esperava.

- Sou? - Olhei em seus olhos, ele concordou, divertido. - Obrigada, isso é bom.

- Não é tão bom quando eu sou obrigado a olhar pra você todos os dias, é meio torturante na verdade. - Ele riu baixo outra vez. - Sempre foi.

- Você também é gato, Tomlinson. - Pisquei pra ele. Louis apenas sorriu.

Clima tenso. Tenso demais pra duas pessoas que até agora se tratavam como irmãos.

Desci meu olhar para seus braços e notei suas várias tatuagens, sempre tive um fraco por elas, e à forma que Lou sempre se vestiu mesmo com o passar dos anos, me deixava extasiada.

Seus inseparáveis Vans nos pés me fizeram rir.

Harry brincava dizendo que Louis possivelmente teria uns 40 desses no guarda-roupa.

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