Capítulo- 30

78 10 2
                                    

- Any Gabrielly. -

Minha mãe praticamente me obrigou a trocar toda a roupa para ir até o apartamento de Josh, nós abrimos um dos vinhos da pequena adega que tínhamos no porão e Priscila me ajudou a escolher a "roupa perfeita" para a ocasião, de acordo com ela mesma.

- Agora passe um batom vermelho e pronto. - Ela bateu palminhas igual ao Ed, ri alto com isso.

Fiz o que ela mandou e então me olhei no espelho. Uau.

- Essa é a Any que eu criei! - Priscila sorriu satisfeita, rimos juntas. - Você está deslumbrante, querida.... Ele pode até não te desculpar pelas coisas que você aprontou, mas com certeza vai aceitar pelo menos conversar! Esse vestido é simplesmente maravilhoso!

- Mãe, são quase duas da manhã! Josh provavelmente deve estar em alguma das boates dele e com milhares de mulheres em volta. Ele é assim, eu o conheci assim. - Dei de ombros, mas por dentro senti meu coração quebrar.

- Deixe de ser estraga-prazeres garota! - Priscila reclamou, rindo. - Ele vai estar lá sim e se tudo der certo você nem precisa voltar pra casa hoje! Eu enrolo e invento uma desculpa qualquer para o seu pai, não se preocupe. - Abri minha boca em formato de O ao ouvir aquilo!

- Quem é você e o que fez com a Priscila Soares toda certinha que eu conheço?! - Ri alto, seguida dela.

Mas.... Algo não saí da minha cabeça desde que decidi ir ver Josh. Por mais estúpido e imaturo que seja, está me machucando.

Muito.

Será que ele dormiu com outra depois da nossa última vez?!

Revirei meus olhos ao me lembrar de Savannah, acho que é esse o nome daquela garota qualquer. Mas, só de recordar a nossa "briga" no elevador naquele dia eu já me mato de rir! Aquilo foi demais...

- Mãe, ligue pra Jojo e pra Sina. Diga que eu preciso falar com elas e que precisam me ligar de volta amanhã de manhã. Não conte nada, deixa que eu me viro com isso depois. - Expliquei e Priscila apenas concordou.

Joalin vai me matar, não quero nem ver. Puta merda.... Já estou até ouvindo os gritos!

Mas são minhas amigas, para o melhor e o pior também. E preciso delas ao meu lado nesse momento, nem que seja só pra desabafar e me sentir um pouco mais forte. O apoio das duas pra mim é fundamental.

Sempre fomos nós três contra o mundo todo. E é assim que sempre vai ser.

Antes de sair da casa de meus pais, passei pelo quarto de hospedes para ver meu filhinho dormindo. Beijei a testa de Ed e ele sorriu.

- Te amo, mamãe. - Ele sussurrou. - Senti seu cheiro....

- Também amo você, meu anjinho! Já volto, tudo bem? - Sussurrei em seu ouvido e ele apenas concordou, voltando a dormir.

O cobri com o cobertor quentinho e saí do quarto em silêncio.

Desci as escadas e sai da casa sem fazer barulho, peguei o carro do meu pai e forcei minha mente a se lembrar do caminho para a casa de Josh. Não vou dizer que foi super fácil, mas eu estava tão apavorada pra terminar logo com essa agonia que consegui me lembrar desse endereço, por mais incrível que pareça!

Depois de mais ou menos uns 20 minutos, estacionei o carro na garagem do grande e intimidador edifício. Fica em uma das áreas mais nobres de Los Angeles. Fechei a porta do carro e joguei meus cabelos para trás, arrumando meu vestido novamente em seguida.

Peguei o elevador subterrâneo e cheguei ao primeiro andar, encarando o porteiro. Era o mesmo que eu havia visto das outras vezes que estive com Beauchamp aqui, mas não sei se ele vai se lembrar de mim.... Provavelmente não.

Caminhos TraçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora