Capitulo 2.

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Faz 5 anos que me tornei a única mulher de Lalisa por aguentar tudo isso, as outras mulheres não aguentaram isso e algumas tiravam suas vidas, outras eram mortas a tiros, eu apenas me acostumei com isso.

Sai do meu quarto e ouvi muito bem pelos corredores que Lalisa estava transando com outra, aquilo não me machucava mais, eu não a amava, então não tem porque me importar.

Desci as escadas e fui até a sala de jantar e tomei meu café sozinha como já era de costume todas as manhãs, Lalisa muita das vezes estava de ressaca, transando, ou até trabalhando esses horários.

Ajeitei meu pijama em meu corpo e comecei a comer, eu não entendia porque os seguranças ainda ficavam me vigiando depois de tanto tempo, sim eu tenho planos de fugir mas primeiro eu preciso analisar mais esse cenário de horror.

-Senhorita Jennie está no horário de amamentar o Léo.

A mulher disse segurando o bebê, Lalisa não desceria então eu o amamentaria ali mesmo. Peguei o bebê e abaixei um pouco e camisa e peguei seu paninho tampando seu rosto e voltei a comer.

Escutei alguns passos e já sabia de quem se tratava, Lalisa beijou o topo da minha cabeça e se sentou ao meu lado e fez uma cara de nojo.

-Você vai mesmo fazer isso aqui?

Ela perguntou e assenti com a cabeça e olhei o rostinho do garoto por debaixo do pano, ele soltou de meu peito e logo levantei minha camisa, coloquei o garotinho para arrotar e ela pediu para segura-lo, ela não fica tanto tempo com ele.

-Você vai ser um menino muito lindo, vou te ensinar como deixar as mulheres em seus pés.

Ela disse e apenas ignorei aquela fala, tudo que ela fizesse para ele, eu sempre faria o oposto, se ela ensinasse ele a bater, eu o ensinaria a fazer carinho, se ela o ensinasse a xingar, eu o ensinaria a ter ética.

Peguei de volta o garoto e entreguei a mulher que sempre olhava ele, não gostava quando Lalisa ficava perto dele, daria maus costumes ao meu bebê.

-Ei, onde vai com meu filho?

-Léo vai ir descansar e tomar banho de sol.

Respondi e ela me olhou feio, tinha momentos que eu tinha que responde pelos outros as perguntas mais óbvias que ela fazia.

-Não perguntei a você Jennie, é bom ficar quieta.

-E é bom você ficar ciente que esse garoto não pode ficar doente por falta de vitamina D! Pode levá-lo Maria.

Falei e ela saiu de perto com o garoto.

Lalisa se levantou da mesa e agarrou meu braço me tirando dali.

-Vamos ver se você aprende a não falar mais assim comigo.

Ela me levou para o quarto mais escuro da casa que cheirava a gente morta, eu odiava aquele quarto, ela acendeu a luz e pegou o chicote que ficava pendurado na parede e a bateu em minha perna, fechei os olhos pela dor e respirei fundo. E lá se foi várias e mais várias, Lalisa não tem dó e quando as coisas saem de seu controle, ela perde a cabeça.

Ela só parou quando percebeu que alguns lugares começou a sangrar, naquela altura eu já estava no chão chorando pela dor, ela se abaixou na minha altura e puxou meu cabelo fazendo eu a encarar.

-Gosto de você quando está obediente, pare de ser atrevida que isso não acontece mais, você me entendeu?

Fiquei em silêncio chorando e ela deu um tapa em meu rosto e puxou de novo o meu cabelo.

-VOCÊ ME ENTENDEU CARALHO?!

Ela gritou e cuspi em seu rosto, Lalisa limpou seu rosto e saiu do quarto me deixando ali e logo em seguida voltou com uma arma atirando em todos os cantos do quarto, cobri o ouvido e comecei a gritar.

Seven Lives - Jenlisa G/P Onde histórias criam vida. Descubra agora