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.A olhei assustada e engoli aquele remédio rapidamente, dei alguns passos para trás assim que ela se aproximou e a vi agarrar meu pescoço e me jogar do terceiro andar, bati a cabeça no chão e tudo voltou quando subi as escadas.
Olhei para trás e a vi me seguir, cruzei os braços e a olhei.
-Por que está me seguindo?
Ela se fez de desentendida e foi para o quarto dela, fui para o meu quarto e fechei a porta, me deitei na cama irritada e bufei.
-Tudo bem, eu espero você dormir.
Falei para mim mesma e me ajeitei na cama, não era justo eu ser obrigada a gerar crianças quando eu sei muito bem como é essa sensação horrível.
Eu amo meu filho mas não quero ter mais bebês, fiquei acordada até as 3 da manhã e observei todo o corredor e vi que só havia eu acordada, tomei o meu remédio e me deitei para dormir.
Escutei a porta ser aberta e encarei Lalisa de uma forma séria, ela se deitou do meu lado e abraçou o meu corpo, tentei me soltar mas seu aperto era muito forte.
-O que está fazendo aqui?
A perguntei mas ela não me respondeu, acho que ela pegou no sono novamente, como não tinha saída apenas me acomodei ali, eu poderia facilmente a sufocar e a matar, mas não sou capaz de fazer isso.
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.Me levantei da cama um pouco cansada e me sentei, estava me sentindo estranha, talvez porque Lalisa me agarrou a noite toda.
Olhei no relógio e vi que era tarde, andei até o banheiro e tomei meu banho, tinha algo de errado comigo, mas não conseguia entender o porque.
Minha cabeça começou a doer, minha vista embaçou e logo cai no chão desacordada.
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.Ouvi pessoas conversarem e abri meus olhos e pisquei algumas vezes, estava no meu quarto e Lalisa conversava com alguns seguranças e um tal médico.
-Não há nada grave de errado com ela.
-Então por que ela estava desacordada no banheiro?
-Só exames específicos conseguem dizer isso, mantenha a alimentação dela saudável que tudo volta ao normal.
Senti uma dor imensa tomar o meu útero e gemi de dor tendo a atenção de todos, o médico se aproximou de mim e o olhei.
-Está doendo aqui?
Ele perguntou tocando o lugar e assenti com a cabeça.
-Podem me deixar a sós com ela?
Todos saíram do quarto menos Lalisa.
-Você também deve sair.
Ele falou para ela e ela saiu do quarto e fechou a porta um pouco indignada.
-Posso te fazer uma pergunta mas preciso que seja sincera.
-Claro..
-Você sofre algum tipo de abuso? Você não parece que gosta desse tipo de coisa.. eu conheci bem casos assim, sua dor uterina pode ser uma doença pélvica ou apenas cólica. Há quanto tempo não menstrua?
-Não me lembro a última vez que menstruei.
-E mantém relação sexual sem proteção?
Fiquei em silêncio, Lalisa dormia com outras mulheres e aconteceu uma vez dela dormir com uma mulher infectada e acabar passando pra mim, mas já faz tempo isso.
-Por que nunca fez um boletim de ocorrência sobre abuso sexual?
-Porque somos casadas..
-Mas isso não dá a ela o direito de usar o seu corpo sempre que sente vontade.
-O meu "não" pra ela não tem significado algum, não adianta fazer algo em relação a isso, vai por mim eu tentei sair dessa situação várias vezes.
-Eu conheço bem Lalisa, ou você sai dessa situação ou você vai morrer como as outras.
Soltei uma risada baixinha e o encarei.
-Eu sei do que ela é capaz.
Disse e fingi não sentir mais à dor, ele ficou em silêncio e se levantou da cama.
-Faça um exame o mais rápido o possível.
Ele recolheu a maleta dele e saiu do quarto, Lalisa cruzou os braços e o empurrou para dentro do quarto novamente segurando sua querida arma, ela apontou na direção dele e negou com a cabeça.
-Por que você é tão intrometido?
E atirou no braço dele, me levantei da cama e assisti toda aquela cena.
-Era apenas para avaliar o estado dela, não fazer perguntas sobre nossa vida pessoal.
Ela atirou no braço dele mais uma vez e ele gritou de dor.
-Aaaaah! Faz alguma coisa..
Ele falou olhando pra mim, encarei Lalisa e seu olhar estava sério, ela beijou minha bochecha e em seguida limpei.
-Fofa! Por que ela te ajudaria?
Ela atirou no pé dele e virei o rosto.
-Ela não te ajudaria nem se quisesse!
-Mata ele logo..
Falei e sai do quarto vendo tudo ficar quieto e só ouvi um último disparo, Lalisa saiu do quarto e andou até mim.
-Acho que entendeu o que acontece quando sabem demais! Aconteceria o mesmo contigo se concordasse.
Ela sussurrou no meu ouvido e desceu as escadas.
-Ei, quem vai limpar meu quarto?!
Perguntei e ela me olhou e fez um sinal para uma das empregadas, fui para o quarto de Léo e o peguei no colo brincando com ele.
-Quem é o bebê mais lindo da mamãe?
Ele começou a rir de uma forma gostosa e beijei seu rostinho, desci as escadas e fui para a cozinha comer.
-Fala pra mim "mamãe".
Léo abriu a boca algumas vezes para falar mas começou a rir. Beijei sua bochecha feliz e animada, eu adorava aquele menino com todos minhas forças.
Logo senti algo atrás de mim, então me virei rapidamente mas não havia ninguém, então voltei a olhar para Léo e tomei um susto com aquela figura demoníaca.
-Poxa.. você só tem 4 vidas agora, não vacile.
Foi o que ele disse e sumiu quando pisquei meus olhos, era estranho manter uma coisa com a energia tão negativa perto de mim.
Atualmente eu tenho tido sonhos estranhos, a maioria dele tem demônios e não consigo entender o porque, ontem a noite sonhei que um estava no meu quarto e subiu encima do meu corpo e ficou me encarando sorrindo e sumiu, então eu me levantei e sai andando pelo corredor e parei na porta do quarto de Lalisa.
Ela abriu a porta um pouco confusa e eu a agarrei? Não entendi muito, era estranho, mas depois de tudo aquilo eu me olhei no espelho e não vi o meu reflexo mais sim de um demônio travesso que limpava o canto da boca sorrindo enquanto me olhava.
Neguei com a cabeça e voltei a colocar minha atenção a Léo até Lalisa aparecer.
-Se arrume, vamos sair.
.
.Continua..
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Seven Lives - Jenlisa G/P
FanfictionUma garota que tem sua vida condenada resolve fazer um pacto, onde ela tem 7 chances de mudar sua vida, mas será que ela vai conseguir? Jennie uma garota de 23 anos se vê condenada em um casamento com uma mulher totalmente desconhecida e perigosa p...