Capítulo 18.

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LISA P.O.V

Eu não sei o que estava acontecendo com Jennie, eu nunca a vi daquele jeito, ela estava agarrada em mim como se eu fosse a única coisa que poderia a proteger, mas por que a mim? Eu sempre a causei todas as dores possíveis..

Vi meu amigo se aproximar e o cumprimentei.

-Jennie, tem uma pessoa que quero te apresentar.

Jennie negou com a cabeça e continuo com o rosto ali, me partiu o coração a vê-la daquela forma, Jennie tinha seus momentos de fraqueza mas era a primeira vez que a via assim.

-Eu não quero conhecer ninguém..

Ela sussurrou para mim e logo meu amigo se sentou ao nosso lado, Jennie virou o rosto em direção oposto da dele e continuou agarrada em mim.

-Eu queria muito fazer vocês dois se conhecerem agora, mas não vai ser possível, me desculpa mesmo Dean.

Falei e ele concordou com a cabeça sorrindo, ela tocou o cabelo de Jennie e ela puxou seu cabelo de volta como uma criança.

-Meu braço está doendo.

-Sério? Me desculpa.

Ela se levantou do meu colo e ficou receosa em relação a entrar no elevador, segurei sua mãos e ela pareceu mais confortável.

-Tudo bem, nós podemos ir pela escada.

Ela olhou pra mim e sorriu, eu amava o seu sorriso, ainda mais aquele, ele era sincero, Jennie segurou bem meu braço enquanto descíamos 3 andares de escadas, ela sussurrava várias vezes "que não fique escuro", mas não me importei muito.

Andamos até o meu carro e Jennie sorriu por estar fora daquele prédio, ela de sentou no banco e colocou seu cinto. Me sentei no banco do motorista e ela me olhou sorrindo, não pude de segurar mais e a beijei, Jennie correspondeu na mesma intensidade, acho que ela preferiu não negar e acontecer algo com ela.

Jennie saiu do banco que estava e subiu em meu colo e continuou me beijando, algo estava errado, mas tentei negar aquilo, estávamos no estacionamento do prédio e quase ninguém vem aqui.

O seu cheiro estava tão forte que beijei seu pescoço e o chupei, entrei com minha mão por dentro de sua camisa e apertei seus seios fazendo Jennie gemer meu nome, mas eu não queria perder o controle, beijei seus lábios e Jennie se remexeu no meu colo pelo volume em minha calça e a coloquei de volta ao seu banco.

-Por que parou?

Ela tentou se aproximar novamente mas coloquei seu cinto a prendendo ali.

-Estamos em um estacionamento.

Tentei distrair minha mente mas senti a mão de Jennie na minha coxa e ela caminhar com ela até minha virilha. A olhei em silêncio e liguei o carro e retirei seu mão dali, ela cruzou os braços e fez um bico, foi lindo.

Ela olhou para as ruas e fiz o mesmo enquanto estávamos no farol, mas senti suas mãos no meu queixo e ela me fez olhar pra ela.

-Você so pode olhar pra mim, ou as pessoas da rua são mais interessantes do que eu?

Engoli em seco, eu nunca tive que lidar com o ciúmes de Jennie, porque ela nunca aparentou ter, mas essa Jennie agora a minha frente me lembra a Jennie de 4 anos atrás, eu gostava de vê-la de volta.

-Com certeza não.

-Então só use o seu tempo livre para olhar pra mim, Lala.

Ela disse e se inclinou dando um beijo na minha bochecha, olhei para o sinal e voltei a dirigir, eu poderia me acostumar com ela nesse meio tempo que não a levo para Dean.

Olhei para ela sorrindo e assenti com a cabeça, eu poderia dizer que é apenas um delírio da minha cabeça querer que ela seja assim.

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Entrei em casa e Jennie logo pegou Léo no colo e o abraçou deixando vários beijos pelo seu rosto, eu gosto de como ela é com Léo, ele tem sorte de receber o lado carinhoso dela.

-Eu vou ir para o meu quarto.

Falei pegando a atenção dela e ela assentiu com a cabeça, Léo sorriu pra mim e acenei pra ele. Jennie se aproximou de mim e fez Léo beijar minha bochecha e sorriu.

-Agora você consegue dormir em paz.

O garoto pediu meu colo e o peguei, não era algo que costumava acontecer diariamente, mas eu gostei.. Léo segurou meu rosto com as duas mãos e beijei sua testa.

-Gracinha.

Sussurrei pra ele e Jennie sorriu.

-Ele gosta de você.

Ela falou e Léo sorriu.

"Eu também gosto dele e de você."

Jennie o pegou novamente e subi as escadas contendo meu sorriso, eu sei que Léo me ama como mãe e ele sempre emburra quando faço algo com Jennie, ele parece entender bem.

Entrei para o meu quarto e fechei a porta atrás de mim me lembrando do que havia acontecido no prédio que fomos, a forma que Jennie não queria me soltar e a forma inevitável de segurar a risada com seu ciúmes.

Nas primeiras semana que Jennie veio, ela não quis sair do quarto, ela não queria me ver, não queria falar comigo, não queria que eu a tocasse e entendi, eu deixei ela ter o seu espaço e depois do que eu fiz aquela noite eu me culpei todas as noites.

Sempre que faço algo sem usar a razão com Jennie, eu me culpo, mas não há desculpa que faça isso voltar ao normal ou reverter os meus erros, eu sei que eu devo mudar, mas não sei como.

É como se fosse uma barreira, quando eu iria fazer uma ação boa, pensamentos negativos invadiam minha mente, as palavras do meu pai também se faziam presentes.

"Lalisa, o amor é para os idiotas, o amor dói, e a melhor forma de fingir que ele não existe é causando dor em quem você ama. Sabe minha filha, eu sei que eu sou um ótimo pai, mas sua mãe me amou porque ela me entendeu."

Aquilo estava errado, Jennie não merecia aquilo, ela não merecia estar aqui comigo, ela não merecia esse cárcere privado, ela não merece nada disso.

Peguei meu celular secando minhas lágrimas e respirei fundo.

-Senhor Kim, tem um momento?

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Continua..

Seven Lives - Jenlisa G/P Onde histórias criam vida. Descubra agora