O Crime do Nukenin e a Verdade do Kinjutsu

131 17 37
                                    


No amanhecer do dia seguinte, o dia vinte e dois, uma grande bolha translúcida flutuava pela floresta. Dentro dela, estavam Utakata e uma adormecida Hotaru, que desperta nesse momento e vê o olhar calmo e impassível do Jinchuuriki.

— Utakata-sama, onde nós estamos? – pergunta a loira, que nota a floresta abaixo. A camuflagem da bolha se desfaz, fazendo Hotaru ter a vista plena de onde estavam, o que a faz dar um sorriso impressionado – Uau... é tão alto!

A bolha vai descendo suavemente, seguindo para o nível das árvores, até que pousa frente a um riacho escondido por um pequeno rochedo.

— Aqui deve ser o suficiente. – Utakata faz um selo, espocando a bolha e permitindo que ele e Hotaru pousassem no chão.

— Pensei que tinha acabado. Você é incrível, depois disso tudo. – elogia Hotaru.

— Não me interprete errado. – avisa Utakata – Eu não quis te salvar.

— Então, por que você veio? – pergunta a loira.

— Bem... digamos que eu fiquei curioso sobre aquele Kinjutsu, esses caras pareciam muito interessados nele. – responde o Kirinin, de forma um tanto incisiva.

— Você está mentindo. Você não é assim. – Hotaru fala com certeza.

— Nunca se sabe. Não há uma pessoa boa no mundo que não ama o cheiro de dinheiro. – replica Utakata.

— Você não é bom em parecer vilão. – brinca Hotaru, fazendo Utakata suspirar.

— Você tem um dom pra me deixar fora de equilíbrio. – ele dá as costas para Hotaru – Mas o que você vai fazer agora? Esses caras não são os únicos que estão atrás desse Kinjutsu. Há muitos outros.

— Você está certo. – admite Hotaru – É por isso que eu devo ficar mais forte. É por isso que eu quero ser sua alu...

— Pare. Eu não estou ouvindo. – interrompe Utakata – Além disso, essa lembrança é de seu avô, ou o que quer que seja. Por que você está tão determinada a protege-lo?

— Bem... é pra honrar os desejos do meu mestre. – responde Hotaru – Meu avô foi meu primeiro mestre. Um mestre e um aluno devem ser um só no pensamento. É por isso que eu quero cumprir o sonho que o meu avô não pôde. Restaurar o Clã Tsuchigumo. Eu não posso perder esse Kinjutsu.

Enquanto Hotaru falava, um brilho parecido com indignação passa pelos olhos de Utakata. A indignação e revolta o fazem lembrar do que seu mestre tentara fazer com ele naquele ritual.

— Hmph... é isso o que você acha? – o tom de Utakata era sarcástico e cético – Essa é uma estúpida ilusão.

— Onde você está indo? – pergunta a loira, vendo Utakata andando calmamente pra longe.

— Eu não sou obrigado a ficar aqui. – responde o Kirinin – Se você quer brincar de pupilo e mestre, vá para algum outro lugar.

— Não é brincar! Eu estou falando sério! – corrige Hotaru, correndo pra frente de Utakata – Eu quero te chamar de mestre!

— Você não pode me parar, você sabe. – Utakata tira a garota do caminho.

— Eu sei disso. Mas o meu sentimento não vai mudar. – responde a loira – É por isso...

— Hn? – indaga Utakata, quando Hotaru começa a remover a parte de cima de seu quimono.

Isso é o que eu penso que é? – indaga o Rokubi, com uma vozinha confusa.

Naruto Alternative III - Heróis de ShippudenOnde histórias criam vida. Descubra agora