CÁTEDRA GARGULENHA-FRANÇA

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A Rainha, Leotã e Belgarth chegaram à catedral numa noite de domingo, pouco antes dos gárgulas despertarem.

— Fiquem atentos, não sei se vocês sabem mas ao despertar de seu sono os gárgulas ficam mais agressivos que o normal.— alertou Belgarth com diligência.

Em minutos os gárgulas começaram a despertar, as rochas se tornaram seres vivos, fortes e imponentes, musculosos altos e com asas magníficas como de morcego.

O gárgula mais alto e musculoso moveu-se rumo à rainha e agarrou pela cintura chegando o rosto bem próximo ao dela olhando-a nos olhos.

— Quem sois vós?— indagou o gárgula.

— Randor, são aliados acalme-se majestade.— interviu Belgarth.

Então aquele que se mostrou rei das gárgulas soltou a rainha.

— Perdoai-me oh vossa majestade, a que vieram a nós?

— Precisamos de olhar a bola de cristal, tudo indica que Murhath está para voltar a Terra, precisamos saber o seu propósito.— Falou a rainha.

Randor então ordenou que uma distinta gárgula fosse até o interior da catedral e buscasse a tal bola de cristal, ao chegar até o alto da catedral, o senhor dos gárgulas pediu para que a rainha Hanne, o lobisomem Leotã e o Similar Belgarth colocasse a mão sobre o cristal.

A bola de cristal começou a brilhar e eles colocaram duas mãos, logo os olhos dos quatro também brilharam e eles viram a Entidade enfurecida formando uma esfera de poder de cor violeta resplandecente, logo após verem isso a bola de cristal se rachou e esfumaçou-se.

— Eu não gosto disso, não pode estar acontecendo, não pode, não pode.— dizia o Similar andando de um lado para o outro passando a mão nos cabelos.

Ao ser indagado sobre o que significava a visão, ele ignorou como se não ouvisse, e de fato não ouvira, dado a tamanha preocupação, mas Rainha Hanne o segurou-o pelo braço e sacudiu.

— Desculpem,eu fiquei fora de mim, eu conheço o poder de meu pai, ele usa dois tipos de poder, o Raiashym de cor vermelha, é o poder de destruição do meu pai, ele pode destrir cidades inteiras, e o Kayarym de cor azul, é o poder decompartilhar seu poder, assim como fez com minha mãe, juntos eles formsm esse poder Violeta chamado — esplicava Belgarth entre suspiros de aflição — o poder de destruição do Raiashym é ampliado pelo Kayarym.

— Ampliado o quanto?— Indagou A rainha.

— O planeta inteiro desaparecerá se ele usar o Kayshym, precisamos impedi-lo, mas por qual motivo ele pretende destruir a Terra?! Não faz sentido.

— Estamos todos de cabeça quente, sugiro que passem a noite e o dia de amanhã aqui, vão amanhã à noite, quando for seguro.— sugeriu Randor.

Após a sugestão, Randor e os demais gárgulas saíram pelas cidades para fazerem a ronda, enquanto Belgarth desceu para admirar o interior da catedral, deixando a rainha e o lobisomem a sós.

— Veja a lua, linda não é?!— disse Leotã a rainha.

— É sim, muito linda, estive pensando sabe, você deixa claro que sente algo por mim, insiste nisso mesmo sabendo que eu não acredito no amor, por quê?

— Por que? Bom, eu acho que o amor dispensa porquês, e sinceramente não me esforço para que você acredite na existência do amor, Apenas que me permita demonstrar o que eu chamo de amor, chame você do que quiser.— respondeu Leotã.

— Você sempre tem uma resposta poética e filosófica não é?! Mas quando eu te der uma chance você vai me decepcionar.— replicou a Rainha da do as costas.

Leotã já não sabia o que fazer para conquista-la, estava se achando um idiota por se entregar tanto a quem não lhe correspondia, mas isso era algo elem dele, além de seu raciocínio lógico ou vintade de desistir.

— Você a ama não é? — disse Belgarth se aproximando — desculpe, eu não pude deixar de ouvir um pouco do que você disse, e eu até concordo com você, mas mesmo que a conquistasse por agora, você não poderia tê-la.

— E por quê não?

— Além do que vimos na bola de cristal eu senti algo horrível, um de vocês não voltará da guerra que está por vir.— explicou Belgarth.

— Nesse caso cuide da rainha por mim.— falou Leotã dando as costas para adentrar a Catedral.

— Mas não sabemos quem será, você fala como se tivesse certeza que será você a morrer.

— Mesmo que seu pressentimento seja sobre ela, eu sou capaz de mudar o destino e morrer no lugar da rainha.

Leotã se retirou da presença do Similar, as horas passaram e os gárgulas retornaram, mas Randor retornou ferido.

— A rainha, onde está a rainha? — indagou Randor — preciso falar com a rainha.

Outras duas gárgulas ampararam o rei até o interior da catedral, e Belgarth foi chamar a rainha.

— Randor, o que houve?— indagou a rainha se aproximando a passos rápidos, o que vendo Leotã também se aproximou.

— Híbridos, Xamãs e druidas, se uniram, juraram destrir as criaturas da noite, impeça -os, eu não tenho sucessor e os gargulas só se curvam a quem tem sangue real, assuma, ledere-os por fa…

Randor se petrificou, era certo que ele nunca mais voltaria daquele estado, pois quando um gárgula morre ele se torna uma estátua para sempre.

Na noite daquele dia a rainha foi aceita como senhora das gárgulas, sendo assim coroada como Imperatriz das trevas.
Naquela mesma noite ao dormir, Belgarth teve um estranho sonho, um pesadelo terrível em que a Terra estava sendo destruída, mas despertou do sono ao ouvir uma voz chamar seu nome e o nome de seus irmãos.

Assustado, Belegarth se levantou e correu para a torre da catedral e olhando para o céu viu uma luz formando um rosto, o rosto de seu pai, que sumiu em seguida.

De repente o Similar foi pego em uma visão que o deixou atormentado, temeroso ele desceu até a Imperatriz que estava meditando sobre os últimos acontecimentos.

— Imperatriz preciso falar-te, acabo de ter uma visão, meu pai possui uma outra bola de cristal, e isso não estava nos meus planos, eu preciso que me escute com atenção, você precisa liderar os Fraternais.

— Você faz isso muito bem, continue fazendo…

— Acho que você não entendeu, você é senhora dos três povos mais poderosos desse mundo, e agora a fraternidade está prestes a perder seus líderes, então assuma.

— Essa não é minha missão, eu não vou lutar essa guerra.— falou a Imperatriz.

— Você é a guerreira alada que irá liderar os filhos da última aliança, veja, os líderes estão mortos e só você é a senhora dos seres noturnos, você é a guerreira alada.

— Olhe pra mim, pareço ter asas?

— Ainda não, imperatriz, ainda não.— falou Belgarth desaparecendo lentamente.

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